Em jogo truncado com poucas oportunidades, o Brasil superou o México nas penalidades e vai disputar a final dos Jogos Olímpicos pela terceira vez seguida. Durante o tempo normal e na prorrogação, as equipes pouco criaram e ficaram no empate por 0 a 0. Nas cobranças, o goleiro Santos brilhou e a Seleção Brasileira venceu por 4 a 1.
O Brasil agora tentará o bicampeonato olímpico consecutivo. No futebol masculino, apenas Grã-Bretanha (1908 e 1912), Uruguai (1924 e 1928), Hungria (1964 e 1968) e Argentina (2004 e 2008) atingiram esse feito.
O futebol masculino brasileiro se isola como maior medalhista olímpico da modalidade, com a garantia da sétima medalha. Foi ouro em 2016, prata em 1984, 1988 e 2012 e bronze em 1996 e 2008.
O adversário da final sairá do confronto entre Japão e Espanha, que acontece ainda nesta terça-feira, em Saitama. A disputa do ouro será no próximo sábado, às 8h30 (no horário de Brasília), em Yokohama.
O jogo
1º tempo
A Seleção Brasileira encarou o México com um estilo de jogo diferente. Sem seu centroavante Matheus Cunha, que não se recuperou de uma lesão, Paulinho foi o escolhido para a vaga. O Brasil pressionou os mexicanos e conseguiu boas chances até metade da primeira etapa.
A melhor delas aconteceu em ótima jogada criada de uma ponta à outra até o corta-luz de Claudinho para Guilherme Arana dominar e finalizar para a defesa de Ochoa. O goleiro mexicano ainda defendeu cobrança de falta de Daniel Alves e chute de Antony.
O Brasil ainda teve um pênalti marcado a seu favor aos 27 minutos, após Esquivel atropelar Douglas Luiz na área. Porém, após revisão do VAR, a penalidade foi anulada.
O México teve sua principal chance somente no fim do primeiro tempo. Aos 41, os mexicanos puxaram contra-ataque pela direita, e Romo foi acionado dentro da área. Ele chutou forte, mas parou em ótima defesa do goleiro Santos, que precisou se esticar todo para salvar o Brasil.
2º tempo
Em uma etapa de pouca criação e muitos cartões amarelos, a principal chance de perigo saiu em uma cabeçada de Richarlison na trave, aos 36 minutos do segundo tempo. Foram cinco cartões amarelos e quase nada de finalizações. Cesar Montes também ameaçou para o México, em tentativa de cabeça perto do fim da partida, mas não teve sucesso.
Jardine mexeu na equipe, colocando Martinelli, no lugar de Paulinho, e Reinier, na posição de Claudinho, mas os mexicanos se defendiam bem e o nervosismo dos brasileiros já aparecia com o empate sem gols.
Prorrogação
Malcom substituiu Antony no início da prorrogação, depois Matheus Henrique entrou no lugar de Douglas Luiz. Mas o Brasil só ameaçou em chute de fora da área de Arana. A partida se arrastou no tempo extra, sem oportunidades das duas equipes, embora fosse a Seleção Brasileira quem tomava a iniciativa do jogo.
Pênaltis
O goleiro Santos defendeu a primeira cobrança na disputa de pênaltis e abriu caminho para o Brasil vencer nas penalidades. Converteram para o Brasil: Daniel Alves, Martinelli, Bruno Guimarães e Reinier. Os mexicanos Eduardo Aguirre, em defesa de Santos, e Vazquez, em cobrança na trave, desperdiçaram. Rodriguez foi o único que marcou.
