Cinco anos depois da Baía de Guanabara, agora foi a vez de a ilha de Enoshima, no Japão, ser o palco da medalha de ouro das velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze. A dupla brasileira conquistou o bicampeonato olímpico em Tóquio, nesta terça-feira (3), na regata final da categoria 49er FX, após a prova ter sido adiada em um dia por questões meteorológicas.
As velejadoras terminaram a regata decisiva em terceiro, o suficiente para o título. Alemãs (prata) e holandesas (bronze) completaram o pódio.
O lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas, em duas edições consecutivas, confirma o favoritismo pré-Jogos e reafirma o que hoje fica ainda mais evidente em águas japonesas: as brasileiras, parceiras desde 2013, tornaram-se um fenômeno da vela nos últimos anos.
Nesta terça, na chamada regata da medalha, nas águas da ilha de Enoshima, as duas velejadoras conseguiram tirar a pequena vantagem obtida pelas holandesas Annemiek Bekkering e Annette Duetz ao fim das 12 regatas que precedem a decisiva.
Pelas regras olímpicas, os barcos disputam circuito com um número determinado de regatas antes da prova decisiva. No caso da categoria 49er FX, foram 12. O vencedor de cada uma ganha um ponto, o segundo colocado leva dois, e assim segue pelas 21 duplas (no caso dessa categoria) da disputa.
A pior pontuação nas regatas é descartada, e a chamada “medal race” conta em dobro. Ganha quem tem menos pontos no fim de tudo. Martine e Kahena chegaram à prova final dependendo só delas. Durante as regatas da semana, as brasileiras mostraram por que são um fenômeno. Por duas vezes terminaram em primeiro lugar e ainda conseguiram uma segunda colocação.