Rebeca Andrade fez história nesta quinta-feira (29). Na final do individual geral feminino da Ginástica Artística, a brasileira fez a segunda melhor pontuação da competição e ficou com a medalha de prata na modalidade. A conquista escreve uma página inédita do Brasil em Jogos Olímpicos. A ginasta de 22 anos encantou o mundo e se tornou a primeira medalhista olímpica da ginástica feminina do Brasil.
O individual geral define quem é a ginasta mais completa da competição. As atletas se apresentam nos quatro aparelhos (solo, salto, trave e barras assimétricas) e têm as notas obtidas em cada um somadas. Com 57,298 pontos, Rebeca só ficou atrás da americana Sunisa Lee, que somou 57,433 pontos e manteve o domínio dos Estados Unidos na prova. O bronze foi para a russa Angelina Melnikova, com 57,199 pontos.
O ouro não veio por pouco. No solo, o último aparelho, na sua já consagrada apresentação com “Baile de Favela”, a brasileira pisou fora duas vezes e não conseguiu ultrapassar a americana.
Na classificação, Rebeca havia ficado atrás apenas de Simone Biles, mas a estrela americana, atual campeã, desistiu de competir sob a justificativa de preservação de sua saúde mental.
Antes, o Brasil havia conquistado quatro medalhas na modalidade, todas na categoria masculina. Arthur Zanetti (duas vezes nas argolas), Diego Hypólito (solo) e Arthur Nory (solo) foram os responsáveis pelos feitos até então.
Rebeca não para por aqui. Ela ainda vai disputar mais duas finais em Tóquio: no próximo domingo no salto, e na segunda-feira no solo.
Medalhas do Brasil
Foi a sétima medalha do Brasil entre todas as modalidades dos Jogos. Antes, Italo Ferreira garantiu o ouro no Surfe, Rayssa Leal e Kelvin Hoefler conquistaram a prata no Skate street, e os judocas Daniel Cargnin e Mayra Aguiar, além do nadador Fernando Scheffer, levaram o bronze.