O Sesc Araraquara embarca em uma viagem sonora internacional mas cheia de brasilidades no domingo (22), com o concerto ilustrado ” “Le Voyage de Rézé” (A viagem de Rezé), às 16 horas.
Os músicos franceses Rémi Rézé Pécout (voz e guitarra), François Soifran Brossier (percussão), sobem ao palco com Samuel Zamsonre (baixo e voz) e convidam Negão da Serrinha para uma participação especial no concerto que tem ainda desenhos feitos ao vivo pelo desenhista David émdé Magli.
Grandes conhecedores da música brasileira por já terem morado no Brasil, o grupo convidou artistas locais a cada etapa da turnê brasileira, realizada com a rede de Alianças Francesas no Brasil, para compartilharem o palco e colaborarem para a criação de uma versão bilíngue do espetáculo.
Para se juntar ao projeto durante a residência no Rio de Janeiro, o grupo convidou Marcelo Caldi, compositor, sanfoneiro, pianista, arranjador, orquestrador e cantor brasileiro. Além de propor uma série de ateliês que misturam música, ritmos, desenhos e imagens e cujo objetivo é aproximar-se do público, convidando-o a participar do processo de criação artística.
“A viagem de Rézé é uma viagem a ser vivida, através de trocas e encontros, através do diálogo de culturas, da exploração das fronteiras e das diferenças. Uma forma leve, uma busca de ir ao fundo de uma expressão simples e sincera. Vozes, uma guitarra, peles de um tambor, desenhos e canções” conta o grupo.
O show conta com o apoio Aliança Francesa.
SOBRE OS ARTISTAS
Rézé guitarrista e vocalista
Rémi Rézé Pécout cresceu na região de Grenoble. Ele começou sua formação musical no Conservatório de St. Egrève durante dois anos e, em seguida, continuou seus estudos de jazz por cinco anos na École National de la Musique de Villeurbanne antes de se formar em polirritmias afro-brasileiras em Salvador, Bahia.
Autor, compositor e intérprete, ele compartilha o interesse dos jazzistas de todo o mundo pela música tradicional. Seu jogo, muito inspirado por suas idas e vindas em direção a
diferentes culturas, em contato com a África e sua diáspora, é profundamente marcado pela sua evolução entre a música popular e a música erudita. Ele escreve e compõe há muitos anos.
François Brossier músico e técnico de som
Apaixonado por ritmos e percussão, François Soifran Brossier responde ao chamado do tambor em 1994 indo para Burkina-Faso e para Mali a fim de estudar a arte do djembê e da tradição musical. Fascinado pela proximidade entre músico e dançarino, sem saber apontar qual conduz ao outro, decide estudar a praticar o ritmo, com o objetivo de servir à dança. Música afro-cubana, samba e percussões brasileiras, Soifran se alimenta dos ritmos de projetos como Cie. La Batook, que fundou em Grenoble no ano de 1999.
Ele seguiu o estudo da música e da diáspora oeste-africana ao se interessar pelas tradições musicais cubanas no Conservatório de Chambéry. Suas pesquisas o levaram a compor uma língua rítmica minimalista a serviço do texto e da melodia.
Em paralelo a seu trabalho como músico, François se interessa pela técnica do som: captação e sonorização de espetáculos. Ele coloca seu ouvido e seus conhecimentos técnicos a serviço de diferentes projetos artísticos.
Emdé “desenhista-carnêtista”
Artista visual do concerto ilustrado “Le Voyage de Rézé”, emdé ama caçar croquis, tanto em terras exóticas como na própria casa e ambiente urbano próximo. Em sua cidade, na proximidade ou no outro lado do mundo, é sempre o mesmo processo: ele se acomoda em um canto, observa e escolhe com cuidado o que vai rascunhar. Depois, de um traço enérgico e determinado, ele joga a paisagem, o reencontro ou o momento a ser lembrado para seu caderno. Este combate entre a realidade do instante e seus lápis é um jogo que o diverte e que pratica em diversos terrenos, de Salvador à Sevilha, passando por Séte, Yvoire, Grenoble ou Murianette! Também em territórios menos habituais, como os ateliês de fabricação de uma grande empresa, os vestiários de um grande clube de rugby, creches ou ainda a cena de um teatro. Ele habita a região de Grenoble, ama cerejas e andar de mobylette.
Christoo Duron fotógrafa, cinegrafista e produtora
Christoo exerce diferentes funções. Apaixonada pelas imagens, ela se interessa pela foto e pelo vídeo como vetores de conteúdo e recordações compartilhadas. Assim ela restitui a beleza das pessoas, das histórias e dos percursos, capta instantes da vida, compartilha e imortaliza-os.
Christoo é também encarregada da produção e difusão, mediadora cultural há muitos anos. Está sempre cercada de artistas, profissionais ou amadores, cantores, músicos, dançarinos, comediantes, ilustradores, pintores e poetas.
Ela ama defender os projetos artísticos que são próximos e de qualidade, instalar o espetáculo e o sonho nos lugares e compartilhar com o público uma emoção artística. Ação cultural, invenção pedagógica, aumento dos públicos, todas as ocasiões são boas para provocar o reencontro e aproximar artistas e público.