Os curtas-metragens continuam no Festival Aldir Blanc neste sábado (13), no canal da Prefeitura de Araraquara no YouTube, às 20 horas. Toda a programação do festival é gratuita e vem sendo realizada com trabalhos selecionados por meio de edital. A Lei Aldir Blanc dispõe sobre ações emergenciais destinadas ao setor cultural a serem adotadas durante o estado de calamidade pública decorrente da pandemia da Covid-19.
A programação deste sábado apresenta: “Coraje”, de Élide Mendonça; “Música em Pandemia”, de FAF Produções; “O Relógio de Ouro”, de Jaqueline Pilar Durans; “Tá Tudo Bem”, de Fernando Galeane; “Correntes”, de Lune Victoire; “Sim, Não e Um Pouco Mais”, de Nicolas Apollo dos Santos; “Livramento”, de Thiago Rosin; e “4a Onda”, de Eleonora Ducerisier.
No domingo (14) a programação segue com apresentações de outros curtas, também selecionados por meio de edital. A programação do festival continua com oficinas culturais nos dias 18 e 25 de fevereiro com a exibição de 20 vídeos diários, às 15 horas. A arte circense é atração de 19 a 21 de fevereiro, com os vídeos apresentados a partir das 20 horas.
Vale destacar que, no dia 17 de fevereiro, pelo Facebook, poderá ser acessado um link para a visualização de 03 fotografias selecionadas. Depois, no dia 24 de fevereiro, a partir das 15 horas pelo Facebook, poderá ser acessado um link para a exibição de 09 textos de literatura.
De 26 a 28 de fevereiro, 60 vídeos com apresentações de linguagens artísticas diversificadas serão apresentados a partir das 20 horas (20 por dia). Uma postagem no Facebook da Prefeitura de Araraquara, no próximo dia 03 de março, divulgará um link para acesso a 15 obras de Artes Plásticas.
Depois, nos dias 04 e 08 de março, continuam às 15 horas os vídeos das Oficinas Culturais. De 05, 06, 07 e 09 de março, sempre às 20 horas, tem vídeos de apresentações. Por fim, no dia 10 de março, três podcasts serão apresentados a partir das 20 horas.
A playlist do Festival Aldir Blanc pode ser acessada pelo link: https://youtube.com/playlist?list=PLzV8RZgN50BjUjYufWY3_P4OpHZA9utyJ.
Confira os curtas desta sábado (13 de fevereiro):
“Coraje”, de Élide Mendonça
Inspirado em fatos reais, “Coraje!” (em português, “Coragem!”) é o projeto de um curta-metragem que almeja contar a história de duas mulheres, Elisa e Marcela, que se apaixonaram no início do século XIX. Para escapar do forte preconceito e do julgamento social, elas arquitetam um plano arriscado para legalizar a união, que ficou conhecida como sendo o único caso de casamento entre pessoas do mesmo sexo realizado pela Igreja Católica. Desde então elas nunca mais tiveram sossego.
“Música em Pandemia”, de FAF Produções
O documentário mostra um pouco de como a classe artística foi afetada com a paralisação por conta da pandemia, trazendo relatos de músicos e profissionais da área artística. Também mostra como eles se adequaram perante a paralisação de shows e o que estão fazendo para tentar suprir esse momento tão difícil. “Música em Pandemia” é o documentário da realidade em que estamos vivendo hoje.
“O Relógio de Ouro”, de Jaqueline Durans
Que tipo de dúvida te atormenta? Até que ponto o “será que” tem força para esfarelar seus sentimentos mais caros, dissolver suas confianças mais valiosas e desmantelar seus castelos inabaláveis? Talvez, este curta-metragem contribua com suas reflexões mais escondidas e veladas. Ou, talvez, pode ser que este pequeno filme apenas reforce o que você já sabia. O curta vai além de colocar em quadro um dilema comum, mas jamais banal. Sob o comando criativo, sensível e seguro da diretora Jaqueline Durans, a produção oferta bônus em forma de imagens caprichosamente pensadas, de cenário e figurinos deliciosos e de uma trilha musical pontual – em parte construída com exclusividade – que conduz a questão central do filme de maneira ora viajante, ora quase enlouquecedora. Quais são nossos pactos por essa vida afora? Com Luiz Negreiros? Com Clarinha? Há relógios, que mesmo sendo de ouro, podem esconder fragilidades de papelão. Aceite o convite e se deixe encantar por essa tradução, em movimentos, de uma das belas construções literárias de Machado de Assis, autor do conto homônimo que inspira esta livre adaptação de “O Relógio de Ouro”.
“Tá Tudo Bem”, de Fernando Galeane
A partir da escolha de seis artistas de Araraquara, Fernando Galeane solicitou a cada um fazer pequenos vídeos que mostrem a adaptação à nova rotina. Fernando organizou o material e adicionou poesia a essa nova realidade. Junto com as imagens, um escritor da cidade foi convidado a participar com textos que dialogam com as imagens e situações. Assim, o curta-metragem apresenta locução dos textos e trilha sonora específicos para cada situação.
“Correntes”, de Lune Victoire
O curta mostra o cotidiano de Anna após sofrer a perda de sua irmã gêmea Sophia, o qual ela havia criado, pois Anna é a gêmea mais velha. Ela começa a perdurar na depressão pela falta da irmã e começa a adquirir o vício em remédio, enquanto algumas coisas estranhas acontecem por sua casa. Anna está, em vários meios, presa em correntes.
“Sim, Não e Um Pouco Mais”, de Nicolas Apollo dos Santos
O curta trata de opiniões rápidas e sinceras de membros da comunidade LGBTQIA+ de Araraquara. Com respostas breves, em sua maioria por simples sim ou não, Apollo discute sobre opiniões de fé, segurança e família.
“Livramento”, de Thiago Rosin
Tiago Rosin, ator e editor de vídeo, estreia com seu primeiro curta-metragem, abordando a solitude e a solidão em tempos de pandemia e a rota de fuga que livros e manifestações artísticas criam para que possamos resistir. O curta aborda o massacre do cotidiano em momentos de reclusão e a dificuldade de encontrar conforto e acolhimento em um ambiente já conhecido, mas saturado. Tiago buscou explorar os recursos possíveis de filmagem com smartphone, pensando em um formato acessível para realização. A canção é assinada por Phill Veras, cantor e compositor brasileiro, que gentilmente permitiu que a música fosse utilizada para compor a trilha dessa obra.
“4a Onda”, de Eleonora Ducerisier
Conhecidas como “ondas” as etapas de contágio viral, a “4a Onda” relata sobre uma menos levada a sério, e que não é contagiosa, mas se desenvolve a partir dos acontecimentos recentes: a onda de acometimento e comprometimento mental. Buscando retratar a internalização do medo, da incerteza e da reclusão, Eleonora Ducerisier utilizou um celular para as filmagens, assim como recursos alternativos que dessem plasticidade ao ambiente rotineiro do quarto de dormir. Com músicas de Phillip Long, conhecido cantor e compositor brasileiro, o curta busca retratar a crueza de estar só, e a beleza se estar só.
SERVIÇO:
Festival Aldir Blanc Curtas
Dia: sábado (13 de fevereiro)
Horário: 20 horas
Local: canal da Prefeitura de Araraquara no YouTube (www.youtube.com/prefeituradeararaquaraoficial)