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Lazer e culturaEdinho Silva lança livro em Araraquara sobre pandemia e democracia: 'angústias'

Edinho Silva lança livro em Araraquara sobre pandemia e democracia: ‘angústias’

Livro, que começou a ser escrito em janeiro desde ano, retrata os momentos mais desafiadores e que deram projeção nacional à cidade

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Combate a pandemia e luta pela democracia. Estes são os principais assuntos abordados pelo prefeito Edinho Silva (PT) no livro “Uma cidade na luta pela vida – da pandemia ao 8 de janeiro”, lançado na manhã deste sábado (25), na Chácara Sapucaia, em Araraquara.

O livro, que começou a ser escrito em janeiro desde ano, tem 249 páginas, que retratam os momentos mais desafiadores e que ganharam projeção nacional, como o lockdown e a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cidade durante os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

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“Nós nos sentimos muito pressionados enquanto gestores a tomar decisões corretas diante do crescimento da pandemia, como também vi o presidente Lula muito pressionado, vivendo um momento de tensão, diante de uma tentativa de golpe de estado”, explicou Edinho Silva sobre a relação entre os dois principais assuntos abordados.

Com prefácio da microbiologista, Natalia Pasternak, o livro retrata os momentos que mais desafiaram a administração municipal durante a pandemia da covid-19 – doença que provocou a morte de 774 pessoas em Araraquara.

No livro, o autor cita o crescimento da contaminação e o risco de colapso no sistema de saúde como os momentos mais desafiadores. Segundo Edinho Silva, diante da falta de informação e de apenas indícios de qual o melhor caminho a seguir, a cidade optou pela ciência.

“As decisões que eram tomadas significavam criar condições para que as pessoas doentes pudessem lutar pelas suas vidas […] Pensei que tudo aquilo que vivenciamos deveria estar registrado para que a sociedade pudesse entender, para que os futuros gestores e quem estuda a gestão pública pudessem entender”, explicou.

Para a secretária municipal de saúde, Eliana Honain, as páginas guardam momentos que precisam ficar na memória. “O livro retrata detalhadamente todas as angústias que vivenciamos. […] Para as próximas gerações entenderem que, às vezes, precisamos tomar medidas desafiadoras, mas que são necessárias”, comentou.

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A secretária, que também presidiu o Comitê de Contingência do Coronavírus, disse ainda que não esperava a dimensão que a pandemia ganhou, e que o lockdown foi a medida adotada mais impactante.

“Quando não tínhamos mais leitos para internar os pacientes e uma pressão muito grande para isso, e nós tivemos que num final de tarde e início de noite, abrir e equipar rapidamente a unidade do Melhado para dar conta e a angústia de ver o número de pessoas precisando de leitos, que não tinham disponíveis”, lembro Eliana Honain sobre o momento mais duro para os gestores.

Secretária de Saúde, Eliana Honain, acompanha manhã de autógrafos (Foto: Milton Filho/ acidade on)

O livro aborda ainda o momento em que Araraquara voltou a ganhar protagonismo nacional durante a passagem do presidente Lula pela cidade no dia 8 de janeiro. Na ocasião, foi criado um gabinete de crise na prefeitura e decretada intervenção na segurança pública do Distrito Federal.

Na opinião do advogado e presidente da Academia Araraquarense de Letras, Fernando Passos, esta documentação é essencial para as gerações futuras conhecerem a história. “A literatura não é apenas um romance, é um conjunto, e este conjunto está acima de tudo em retratar a realidade efetivamente ocorrida. […] Deixar um registro para a história é algo inabalável”, comentou.

O título tem posfácio de Rafael Alves Orsi, vice-diretor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) – Faculdade de Ciências e Letras. Para ele, ‘solidariedade’ é a palavra-chave do livro.

“Solidariedade é entendida em uma maneira muito ampla, pensando no bem viver e na qualidade de vida das pessoas, respeitando o momento de luto e as angústias. E a política pública, quando pensada a partir deste viés, olhando para as pessoas, alçando melhorias na qualidade de vida das pessoas, coloca em movimento algumas situações para que sejam superadas” opinou.

Para ele, o livro carrega informações úteis para gestores, mas também para a memória da cidade, além de tratar de alguns aspectos autobiográficos e históricos.

“O gestor público vai entender a necessidade da criação de articulação e estrutura envolvendo a coisa pública. Já a sociedade tem a memória do que foi a pandemia e as dificuldades enfrentadas para atravessar este momento”, concluiu.

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Milton Filho
Milton Filho
Milton Filho é repórter da editoria de cidades do portal acidade on. Formado pela Universidade de Araraquara tem passagens pela CBN Araraquara, TV Clube Band e Tribuna Impressa. Acumula há quase 10 anos experiência com internet, rádio e TV.
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