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Maternidade influencia livro infantil de escritora negra de Araraquara

“Minha mãe usa touca de cetim” traz reflexões poéticas sobre maternidade, transição capilar e representatividade

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Relação entre mãe e filho influenciou a bibliotecária Cintia Silva Santos a escrever “Minha mãe usa touca de cetim” (Foto: Arquivo pessoal)

A maternidade e transição capilar foram essenciais para a bibliotecária de Araraquara Cintia Almeida da Silva Santos, 42 anos, se iniciar na literatura infantil com “Minha mãe usa touca de cetim”. 

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No início de 2021, após ver uma foto sua dormindo abraçada com seu filho de três anos, ela sentiu a necessidade de contar a vivência da família e sua transição capilar. Ela usava uma touca de cetim preta no momento do click, feito por seu marido. 

“O start para publicar a obra se deu pela maternidade – tenho um filho de três anos -, e pela transição capilar, que finalizei em maio deste ano”, comentou. 

Representatividade dos cabelos crespos, ancestralidade, poesia e empoderamento negro são norteadores do livro, que traz uma linguagem acessível e educativa distribuídas pelas 20 páginas ilustradas por Luís Gustavo Paulino de Almeida. 

O livro foi lançado em maio deste ano pela editora Letraria, de Araraquara, que também disponibiliza o download gratuito. “É meu primeiro livro, escrito em fevereiro e publicado em maio deste ano. Estou muito feliz, foi muito bem recebido” disse. 

EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA
A escritora comentou que vivenciou episódios de racismo envolvendo seus penteados, e acredita que o caminho antirracista precisa ser prático, a começar pela educação. 

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“Já vivenciei e vivencio episódios de racismo cotidiano: olhares atravessados pelo meu cabelo, pelo uso de turbantes e tudo mais. Acredito que a educação e a vivência antirracista precisa ser prática”, apontou. 

Cintia reforçou a importância das pessoas reverem seus privilégios para mudarem esse cenário e comportamento. 

“As pessoas brancas precisam reconhecer seus privilégios e se incomodarem para mudar o cenário. Apoiar empreendimentos de pessoas negras. A luta dos movimentos negros são antigas e legítimas, se avançamos um pouco, devemos aos nossos ancestrais que resistiram e resistem”, refletiu. 

A autora mantém um canal no YouTube onde comenta sobre maternidade, transição capilar, feminismo negro, entre outros assuntos.
“Essas duas coisas, maternidade e transição, me deu o impulso de fazer o canal, SoulCrespas e o estreitamento de laços com a escrita feminina negra”, concluiu.

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