No lugar do flash, lentes e câmera, o guache, o lápis, papel e aromas. A multiartista e fotógrafa araraquarense Leila Penteado, de 39 anos, passou anos acompanhando a cantora Liniker em cliques de shows, viagens e bastidores pelo mundo afora.
Pouco antes da pandemia, no começo de 2020, Leila decidiu dar um tempo da fotografia.
E se reinventou como artista em plena época da covid-19. Começou a estudar aromaterapia e redescobriu a ilustração, outro talento que desenvolve desde 2017.
“Eu me afastei da fotografia desde sai do projeto Liniker e os Caramelows e comecei a estudar aromaterapia e a desenhar mais como forma de terapia. Tudo isso me trouxe para uma nova fase na vida”, conta.
AROMAS E LINHAS
Um projeto uniu o outro. Leila começou a atender como aromaterapeuta e como se dá bem com design e ilustração, fez a imagem para a linha que desenvolve, a Âme.
O desenho da série temática para seus produtos foi inspirado na poesia SOL-TE, do poeta Leminski. Leila conta que as pessoas adoraram a ilustração, assim como o conteúdo aromático.
“As pessoas adoraram e começaram a querer comprar o desenho original estampado na caixa temática. Eu fiquei surpresa. Uma cliente viu e encomendou uma ilustração para a marca de café, e uma amiga pediu para a sua marca de brinco”, comenta.
INCENTIVAÇÃO E INSPIRAÇÃO
A multiartista diz que nunca imaginou trabalhar como ilustradora. E que está apenas no começo. Um grande incentivador de sua arte é seu cunhado, o talentoso quadrinista araraquarense Luciano Salles, o Pirica.
“Ganhei o primeiro caderninho de desenho do Pirica. Na hora que eu desenho esqueço de tudo. Os desenhos sempre estão presentes nas coisas que faço, tenho muito pra melhorar e aprender, mas está sendo um prazer desenhar nestas oportunidades que surgem”, conta.
Além de incentivar Leila, o quadrinista também é inspiração para o seu trabalho feito com guache, aquarela, lápis ou digital.
Outra figura importante é seu pai José Sebastião de Oliveira Penteado Neto, que sempre desenhou e pintou quadros, de forma amadora.
Matisse, Carla Fuentes e Ana Leovy também são referências para o seus desenhos recentes, suaves e potentes.
A obra de Leila é permeada por curvas e rostos femininos, trazendo leveza visual para uma época tão pesada.
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