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Versão audiodescritiva de Acácia é premiada em Recife

A profissional da audiodescrição, Nara Marques, foi premiada no festival Ver Ouvindo, com versão do filme “Acácia”, do diretor araraquarense Wisley Luiz

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Nara Marques produziu a versão do documentário Acácia para pessoas com deficiência auditiva (Foto: Divulgação)
Nara Marques produziu a versão do documentário Acácia para pessoas com deficiência auditiva (Foto: Divulgação)

O documentário “Acácia”, lançado em 2020 pelo diretor araraquarense Wisley Luiz, foi premiado em Recife no festival Ver Ouvindo, dedicado a filmes com audiodescrição, quando imagens são traduzidas em palavras narradas, para permitir o acesso a pessoas com deficiência visual. A versão audiodescritiva do documentário foi produzida por Nara Marques.

“Os jurados ressaltaram a atenção e o cuidado ao conteúdo escolhido para traduzir imagens em palavras. Vários colegas de profissão estavam lá unidos no mesmo propósito. Foi a validação de um trabalho ao qual me dedico há um bom tempo”, declarou Nara, que trabalha nessa área desde 2018.

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O festival, que está na sua sexta edição, foi realizado entre os dias 10 e 15 de novembro, em versão híbrida, com exibição presencial de filmes e premiação transmitida online. As obras foram avaliadas por um corpo de jurados composto por profissionais experientes no mercado. A versão audiodescritiva do curta-metragem foi premiada tanto pelo júri técnico quanto pelo júri popular. 
 
Clique aqui e assista ao curta – Acácia (com Audiodescrição)   

A Cooperativa de Catadores (Acácia) é um projeto que surgiu em 2001, por iniciativa de um grupo de catadores de materiais reciclados
A Cooperativa de Catadores (Acácia) é um projeto que surgiu em 2001, por iniciativa de um grupo de catadores de materiais reciclados

ORGULHO
Nara disse sentir muito orgulho de ter levado a história da cooperativa Acácia até Recife por meio de seu trabalho, por ser araraquarense e o documentário ter sido realizado por pessoas da cidade sobre uma iniciativa que se confunde com a história local.

“É um trabalho lindo, do diretor Wisley Luiz, com fotografia do Paulo Delfini e participação do artista visual Saulo Metria, falando de uma cooperativa que, além de ser extremamente importante, tem uma memória afetiva na cidade. Quem é da cidade conhece a coleta seletiva. Onde eu moro passa na terça de manhã. A gente está lá no fundo e de repente ouve a moça gritar ‘coleta’. Sua poesia e importância social fizeram com que eu o escolhesse. Ele precisa ser visto em todos os níveis”, declarou.

Ela explica que a audiodescrição existe desde a década de setenta, mas chegou com mais força ao Brasil nos anos noventa. A profissional ressalta que a tradução de imagens informativas em palavras proporciona independência, não somente a pessoas com deficiência visual, mas também a pessoas idosas, com autismo ou algum tipo de deficiência intelectual.

“Cerca de 80% das informações que recebemos são imagéticas. Então, se pensarmos em uma pessoa com deficiência visual, imagine o quanto ela está perdendo de informação. O profissional da audiodescrição transforma essas imagens em palavras, para que essa pessoa possa conversar de igual pra igual com a gente sobre determinado filme ou determinado livro”, acrescenta Nara.

Segundo a profissional, mesmo pessoas que não têm nenhum tipo de deficiência podem ser favorecidas pela audiodescrição, porque ela visa a ampliação do entendimento de uma obra. “Se você escuta uma audiodescrição de um quadro, por exemplo, terá uma apreensão imagética mais completa daquilo que está sendo mostrado”, explicou.

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EQUIPE
Para produzir a audiodescrição do documentário Acácia, Nara Marques contou com uma equipe que tinha um audiodescritor roteirista, um outro audiodescritor consultor, que tem deficiência visual e avalia se as descrições funcionam antes da finalização, um narrador, que no caso foi a própria Nara, um outro locutor, e uma revisora.

“Quando fiquei sabendo da premiação, chorei muito. A Acácia chegou até Recife. A questão da acessibilidade ainda é uma luta, não somente para as pessoas com deficiência visual. Espero que quem ainda não viu esse curta vá ver agora”, finalizou.

A Cooperativa de C atadores (Acácia) é um projeto que surgiu em 2001, por iniciativa de um grupo de catadores de materiais reciclados liderados por Helena Francisco da Silva.  Ela montou a associação para melhorar as condições de trabalho e renda de quem dependia do lixo para sobreviver. Hoje, a Acácia tem 200 associados, sendo que 75% são mulheres arrimo de família. (Com Gabriela Martins)

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Gabriela Martins
Gabriela Martinshttp://www.acidadeon.com/araraquara
Editora do ACidade ON Araraquara e São Carlos, está no portal desde 2018. Formada há 13 anos, atuou como repórter da Tribuna Impressa de Araraquara por mais de sete anos e tem experiência em marketing em mídias digitais -gabriela.martins@acidadeon.com
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