Durante audiência pública para prestação de contas referente ao terceiro quadrimestre do ano passado, nesta sexta-feira (25), a secretária da Saúde, Eliana Honain, apresentou números sobre a pasta e os gastos realizados no período: R$ 420.608.960,10.
As despesas assumidas pela Prefeitura na área da Saúde foram divididas em oito áreas. Assistência Hospitalar e Ambulatorial foi a que mais consumiu o orçamento: 64,64%, ou R$ 271.889.881,76. O valor foi três vezes maior que o destinado para Atenção Básica.
“Feliz seremos quando o gráfico da Atenção Básica for maior que Atenção Hospitalar e Ambulatorial, pois significa que o objetivo da secretaria se concretizou de cuidar da saúde e não da doença. Mas hoje ainda cuidamos muito da doença”, comentou Honain.
Quando o assunto é de onde vieram os recursos gastos com a Saúde, a maior fatia R$ 290,1 milhões foram do tesouro, ou seja, do próprio município. Transferências do Governo Federal representaram R$ 115,6 milhões e R$ 9,9 milhões de dinheiro do Governo Estadual.
Ao todo, a Prefeitura aplicou 45,93% de seu orçamento para a Saúde, enquanto o percentual mínimo obrigatório é de 15%. Esta é a maior porcentagem histórica dos últimos cinco anos, superando 2020, quando houve investimento de 42,31% do orçamento da pasta.
“Aí pode estar o motivo da demissão de um secretário de Saúde, porque nós teríamos que estar aplicando 15% do orçamento próprio em Saúde e fechamos 2021 com 45,93% dos recursos próprios aplicados. Não é qualquer município que investe isso”, ressaltou Honain.
Em relação aos valores liquidados – ou seja, os mais de R$ 420,6 milhões -, R$ 375,3 milhões foram pagos, enquanto R$ 63,9 milhões são considerados restos a pagar.
GASTOS COM COVID
Ao longo do ano de 2021, dados apresentados pela secretaria de Saúde na Câmara mostram que foram gastos R$ 94,1 milhões com covid-19. Destes recursos, R$ 87,4 milhões são considerados como valor liquidado e R$ 79,1 milhões foram pagos.