Com o adiamento da discussão em torno da obrigatoriedade do Passaporte da Vacina, a Câmara de Araraquara realiza, no dia 2 de fevereiro, às 18h30, audiência pública para debater o tema. O encontro foi chamado pelo vereador Guilherme Bianco (PC do B).
Desde a última quinta-feira (13), quando o projeto de lei foi protocolado no Legislativo pela Prefeitura, há intensa discussão sobre a necessidade ou não de exigir o documento que comprove a adesão das pessoas à imunização contra a covid-19.
A adoção do Passaporte Vacinal foi defendida, nesta quarta-feira (19), pelo prefeito Edinho Silva (PT). Em sua primeira aparição pública após se recuperar de nova infecção pela covid-19, o petista defendeu que o direito individual das pessoas não pode estar acima do coletivo.
“É um falso debate, como a pessoa se vacinar ou não fosse um direito dela e nós sabemos que o direito de um indivíduo vai até onde ele atinge o direito do outro. Uma pessoa não vacinada, consequentemente, pode levar a doença para outras pessoas, inclusive para parentes”, disse.
Segundo o prefeito de Araraquara, as pessoas que não desejam se vacinar não tem direito de seguir transmitindo a doença e defendeu que os contrários a vacinação fiquem em casa. Na avaliação de Edinho Silva, só a vacina pode tirar a cidade da crise sanitária da covid-19.
“Não quer se vacinar? Então fica em isolamento, fique na sua casa, pois você não tem o direito de passar a doença para outras pessoas. Esse é o debate fundamental. O direito de um indivíduo vai até onde ele fere o do outro, assim que é a vida em comunidade”, ressaltou.
O prefeito também apontou que é papel do poder público exigir o comprovante de vacinação para as pessoas que querem participar de grandes eventos e que geram aglomerações. Segundo ele, não vai ter exigência do documento em comércio e supermercados, por exemplo.
AUDIÊNCIA EM FEVEREIRO
Autor da indicação que originou o projeto de Lei da Prefeitura e do pedido de audiência pública, o vereador Guilherme Bianco, ressaltou a importância de ampliar o debate. Ele classificou a adoção do Passaporte da Vacina como extremamente importante.
“O assunto do Passaporte da Vacina é extremamente importante, pois vai atingir toda a nossa cidade e ele se soma aos esforços dos últimos anos de combater a pandemia, salvar vidas, garantir a geração de empregos e o bom funcionamento da economia”, defendeu.
“Por ser um processo grande e uma lei pesada, achamos importante que as pessoas participem, ainda mais neste período onde foi polemizada a questão na cidade. Garantir a participação popular vai ajudar muito na construção desse novo projeto”, completou.
Usando como base uma pesquisa divulgada na segunda-feira (17) pelo DataFolha, o parlamentar defendeu que 81% da população brasileira é favorável a adoção do documento e disse que a participação popular vai ser garantida com a realizada da audiência pública.
“Ouvir as pessoas, construir junto com os especialistas, empresariado, trabalhadores e população de Araraquara é fundamental. É importante que todos se mobilizem para participar da audiência pública”, finalizou.