Em meio às discussões sobre o reajuste na tarifa do transporte coletivo de Araraquara, a bancada do PT na Câmara encaminhou indicação à Prefeitura sugerindo a reposição da inflação nos últimos 12 meses e manifestou contrariedade ao pedido do CAT (Consórcio Araraquara de Transporte) – responsável pela operação do serviço -, para elevar a passagem de R$ 5 para R$ 7,60.
VEJA TAMBÉM
Lula inaugura linha de produção do caça Gripen em Gavião Peixoto
Concurso na região de Araraquara oferece salário de até R$ 8,3 mil
O documento na Casa de Leis assinado por Fabi Virgílio, Filipa Brunelli, Alcindo Sabino, Paulo Landim – presidente da Câmara -, considera o pedido das empresas “abusivo” e “acima do plausível”. A bancada prometeu tomar medidas cabíveis caso o reajuste seja concedido.
“O pensamento para discutir o transporte coletivo deve ser outro. Devemos pensar em alternativas que atraia novamente os usuários para usufruí-lo e não que o rejeite. O aumento protocolado ao Executivo pelo CAT é uma violência ao trabalhador, estudante e todos os munícipes que usam o transporte coletivo. Discutir a inflação já é difícil, imagina um aumento estrondoso como o divulgado e protocolado. Isso é inaceitável”, afirmou a líder do PT na Câmara, Fabi Virgílio.
A parlamentar explicou que o documento sugeriu a revisão da tarifa pelo valor acumulado de inflação nos últimos 12 meses, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Além disso, os petistas defendem a “sensibilização dos usuários” para utilizarem mais o ônibus.
“É uma disputa real a que está acontecendo na sociedade, principalmente com o avanço dos veículos por aplicativo, então entendemos que o movimento precisa ser outro, de sensibilização dos usuários para o retorno ao transporte coletivo e um aumento como esse fará o contrário, de rejeitá-lo como possibilidade de fruição da cidade e de mobilidade urbana”, concluiu Virgílio.
PARA ENTENDER
As empresas manifestaram ainda preocupação pela queda de aproximadamente 40% no número de usuários em Araraquara, a ausência de subsídios por parte da Prefeitura para amenizar os custos crescentes para as empresas e o número “expressivo” de gratuidades e meia-passagem.
Segundo a Prefeitura, técnicos estudam as planilhas de custos entregues pelas empresas para a secretaria municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana, responsável pela fiscalização do serviço. Mas, apesar disso, não informou prazo para uma decisão.
LEIA MAIS
STF forma maioria para tornar réus mais 250 acusados em atos golpistas