A Câmara voltou a adiar, por dois meses, a discussão dos pareceres desfavoráveis do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE/SP) às contas da Prefeitura de Araraquara nos exercícios de 2017 e 2018. O assunto foi debatido na sessão desta terça-feira (06).
Inicialmente, os pareceres retornariam para a pauta dos vereadores na próxima terça-feira (13), quando venceria o primeiro pedido de adiamento por 60 dias. Apesar disso, um requerimento com mais de dez assinaturas destravou a pauta e pediu o novo prazo.
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Somente os vereadores Marcos Garrido (Patriota) e Edson Hel (Cidadania) se inscreveram para a discussão do adiamento das contas da Prefeitura. Para Garrido, o período maior vai proporcionar uma discussão menos “contaminada” de polarização política.
“Sou contra politizar, usar a Câmara para fazer campanha política. Não me submetam a isso e jamais vou me submeter. Quem quer ganhar seus votos, vá para a rua, arrume os seus eleitores e de lá vai sair o resultado se suas propostas foram aprovadas ou não”, introduziu.
“A politização nessas circunstâncias trazem consequências graves, a história veio para mostrar que politizar essas coisas acontece erros. E a história é feita justamente para que erros não aconteçam mais”, completou o vereador, que compõe a bancada de oposição.
Edson Hel disse se sentir contemplado pela fala de Garrido. O parlamentar relembrou sua participação na legislatura passada e disse ter notado uma maior “politização” do debate sobre as contas públicas devido à proximidade com as eleições gerais.
“Cada um foi eleito pela população, com legitimidade, quem quiser vir aqui fazer política vai para urnas, como colocamos a cara, buscamos voto e estamos aqui com legitimidade para fazer o melhor”, concluiu o parlamentar, último inscrito para a discussão.
Na sequência, o novo adiamento das contas foi aprovado com 12 votos favoráveis e somente cinco contrários. Votaram contra: Carlão do Joia (Patriota), Lineu Carlos de Assis (Podemos), Lucas Grecco (União Brasil), Marchese da Rádio (Patriota) e Rafael de Angeli (PSDB).
Com o novo prazo, a pauta ordinária da Câmara Municipal segue trancada e os projetos considerados urgentes podem ser discutidos e votados em sessões extraordinárias, com a pauta definida há pelo menos 24 horas da realização dos encontros na Casa de Leis.