Os candidatos a deputado estadual e federal de Araraquara investiram mais de R$ 170 mil em publicações patrocinadas nas redes sociais. Dados da plataforma de transparência do Meta mostram que dos 17 candidatos, apenas cinco não apostaram no “poder das redes”.
A candidata a deputada estadual Thainara Faria lidera a lista dos que mais investiram. Segundo a plataforma, nos últimos 30 dias, foram gastos R$ 62 mil com 19 anúncios nas redes sociais.
Na segunda posição aparece o também candidato a deputado estadual, Marcelo Barbieri (MDB), com investimento de quase R$32 mil para 1.182 postagens patrocinadas.
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A dobradinha do Patriota para estadual e federal aparecem na sequência. Doutor Lapena investiu R$ 23,3 mil, enquanto o correligionário Massucato outros R$ 22,6 mil.
Pedro Tedde (Novo), com R$ 16 mil; Tábata Manzoli (Podemos), com R$ 5,9 mil; coronel Prado (PTB), com R$ 5,9 mil; Marcia Lia (PT), com R$ 916; doutor Lelo (PTB), com R$ 783; e Leny Bácaro (PL), com R$ 432 completam a lista.
Na outra ponta, quem apostou nas redes sociais, mas com valores mais modestos está: Nelson Gritti (PTB), com R$ 258 foi quem gastou a menor quantia nos últimos 30 dias.
Já os candidatos que não usaram os impulsionamentos foram: Marcelo Roldan (PSOL), Ygor Froes (Novo), Tiago Pires (PCO), Elton Negrini (PRTB) e professor Augusto (União Brasil).
AUMENTO É TENDÊNCIA
Ao acidade on, o consultor político e coorganizador do Brasil Election Tour, Caio Manhanelli, disse que o aumento das redes sociais nas campanhas é uma tendência da última década.
Segundo o especialista, além da intensificação no uso das plataformas para fisgar o eleitor, houve também uma regulamentação maior sobre o uso da publicidade paga na internet.
“O uso das redes aumentou bastante e essa é uma tendência observada nos últimos dez anos. Com essa intensificação e, inclusive, essa nova maneira de usar a internet, colocando dinheiro, comprando, todo esse fluxo publicitário envolvendo as redes fez com que houvesse uma regulamentação”, disse.
“É bastante sintomático o quanto as redes estão sendo usadas, a parceria que a Justiça Eleitoral brasileira fez tanto com o WhatsApp, quanto com o Facebook e o controle social que essas redes – em especial esse conjunto de redes da Meta – impõe em relação ao tipo de conteúdo que está sendo publicizado quando se fala de política”, completou.