Quase dez dias após a forte chuva que deixou dois carros submersos na Via Expressa, a Prefeitura de Araraquara respondeu requerimento do vereador João Clemente (PSDB) informando sobre estudos realizados visando resolver a problemática dos 11 pontos de alagamentos na cidade.
Segundo o documento, assinado pelo engenheiro Marcos Roberto de Oliveira, gerente de Drenagem na secretaria de Obras e Serviços Públicos, estudos preliminares apontam a necessidade de um investimento de quase R$ 110 milhões para resolver a maioria dos pontos de alagamentos.
Somente na Avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira (Via Expressa) com a Rua Domingos Zanin, próximo ao hospital de Solidariedade, o gerente afirmou no documento a necessidade de R$ 60 milhões em investimentos para obras de contenção para regularizar a vazão do córrego do Ouro, bem como a bacia do córrego do Paiva que desagua no mesmo ponto.
Caso essas melhorias sejam feitas, o documento considerou que outros dois pontos podem ser solucionados: Via Expressa com a Rua Miguel Cortez e na Avenida Padre José de Anchieta – baixada da Cutrale.
Outro ponto conhecido por alagamentos em Araraquara é a Via Expressa, embaixo do Terminal Central de Integração (TCI), onde a estimativa da prefeitura mostra que seriam necessários R$ 35 milhões em investimentos para recuperação do trecho entre a conhecida rotatória da Nigro até a da Avenida 7 de Setembro, no Centro.
Na Rua Maurício Galli, entre as Avenidas Raimundo de Paula e doutor Vital Brasil, estão sendo feitos estudos pela secretaria de Obras e estimativas iniciais mostram ser necessários R$ 2,5 milhões para resolver a situação.
Outro ponto que em dias de chuva forte sofre com alagamentos é a Avenida Francisco Vaz Filho, que liga bairros importantes da região Leste de Araraquara. A estimativa é que custe R$ 12 milhões para fazer as adequações necessárias para evitar os pontos de alagamentos. As obras devem beneficiar bairros como Jardim das Estações, Brasil, América e parque Gramado.
O documento informou ainda que a Prefeitura está empenhada agora em projetos que visam resolver a situação na região do Cecap/Iguatemi e na região do clube 22 de Agosto, no Santana.
Apesar de prever soluções para diferentes pontos, um deles ainda não há sequer previsão de estudos: a Avenida Manoel de Abreu, que liga Araraquara a Américo Brasiliense. A justificativa é não haver previsão de verbas ou corpo técnico suficiente para atender as demandas de projeto.
Com isso, somados todos os pontos respondidos pelo setor de Drenagem da Prefeitura, seriam necessários investimentos na ordem de R$ 109,5 milhões. A título de comparação, a administração promove seus investimentos através de uma ferramenta chamada Orçamento Participativo, onde desde 2017 foram investidos cerca de R$ 30 milhões em 27 obras entregues.
Para a regularização dos pontos de alagamentos em Araraquara seria preciso mais de três vezes e meia o investido nos últimos cinco anos para viabilizar as obras entregues pelo OP. O documento enviado pela Prefeitura aos vereadores pode ser consultado no site da Câmara Municipal.