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PolíticaDa visita de Lula à criação de novo feriado: relembre o ano político de Araraquara

Da visita de Lula à criação de novo feriado: relembre o ano político de Araraquara

O ano de 2023 começou com a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 8 de janeiro, colocando a cidade na rota de inúmeros ministros

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Se o ano político de Araraquara pudesse ser dividido em capítulos, o primeiro e mais importante teria no roteiro o dia 8 de janeiro, quando a cidade recebeu a visita do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enquanto manifestantes invadiam as sedes dos três poderes – Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal -, em Brasília.

Na oportunidade, a Morada do Sol se recuperava da tragédia que vitimou seis pessoas da mesma família durante as fortes chuvas que caíram no dia 28 de dezembro do ano passado. Lula veio vistoriar a Avenida Padre Francisco Salles Coulturato, mas logo a visita foi suspensa e o gabinete da Prefeitura foi usado como “sala de situação” do Governo Federal.

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Lula montou gabinete de crise em Araraquara ao tomar conhecimento dos ataques em 8 de janeiro (Foto: Gabriela Martins)

De lá para cá, Araraquara entregou parte das obras de reconstrução dos pontos atingidos pelas chuvas e virou uma espécie de roteiro obrigatório para ministros do Governo Federal: Alexandre Padilha, Relações Institucionais; Waldez Góes, Integração e Desenvolvimento Regional; Simone Tebet, Planejamento; Anielle Franco, Igualdade Racial; Wellington Dias, Desenvolvimento Social; e Jader Filho, Cidades; foram alguns dos que visitaram a cidade.

O ano também foi marcado por medidas consideradas polêmicas, como o reajuste concedido para secretários municipais da Prefeitura e os vereadores. Em ambos os casos, as propostas passaram em votações “meteóricas” e com pouca discussão em plenário na Câmara.

Reajuste dos secretários municipais de Araraquara foi aprovado (Foto: Walter Strozzi)

O legislativo também protagonizou outros episódios polêmicos em 2023. Decisão do TJ (Tribunal de Justiça) considerou ilegal a obrigatoriedade prevista em regimento para disponibilizar um exemplar da bíblia em plenário, fazer a leitura de um versículo antes do início dos trabalhos e a pronúncia da frase “sob a proteção de Deus” antes e depois das sessões.

Aumentar o percentual cobrado pelo ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) de 2 para 3% e a criação de um fundo de R$ 6 milhões anuais para subsidiar o transporte também rendeu polêmica. O serviço é um dos que mais deixam a desejar na visão dos usuários.

Ainda no legislativo, após intensos debates, houve a criação de um novo feriado municipal no calendário: trata-se do “Dia de São Bento, padroeiro de Araraquara”, que será celebrado anualmente no dia 11 de julho. A medida foi criticada por representantes do comércio.

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Grupo percorreu ruas do Centro pela aprovação do feriado de São Bento pela Câmara (Foto: Walter Strozzi)

Em abril deste ano outro assunto que rendeu intensa discussão na Morada do Sol foi o encerramento do atendimento de pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) pelo Cresep (Centro de Referência em Saúde, Ensino e Pesquisa). No mesmo mês o atendimento dos pacientes que buscavam por oftalmologia foi absorvido pela Santa Casa de Araraquara.

O ano também foi marcado pela posse de duas araraquarenses como deputadas na Assembleia Legislativa de SP. Em 15 de março, Márcia Lia (PT) iniciou o seu terceiro mandato, enquanto Thainara Faria (PT) trocou a cadeira de vereadora pela vaga no legislativo paulista.

Márcia Lia e Thainara Faria, ambas do PT, tomam posse em março na Alesp (Fotos: Divulgação)

Antes mesmo de assumir, Faria sofreu uma ameaça de morte durante participação de um evento em Brasília. Logo após assumir, a deputada também denunciou ter sido vítima de racismo estrutural enquanto participava de uma sessão solene na Casa de Leis.

Casos de LGBTfobia também ganharam destaque em 2023. Em uma decisão inédita em Araraquara, a Justiça condenou dez pessoas por postagens transfóbicas contra a vereadora Filipa Brunelli (PT). Os crimes aconteceram em 2021 e as decisões saíram apenas agora.

O ano de 2023 também ficou marcado pelos anúncios de investimentos do Governo Federal. A destinação de R$ 143 milhões promete resolver a problemática de enchentes na Avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira (Via Expressa) e iniciar as primeiras intervenções no sonhado Parque Linear dos Trilhos, com a construção de uma lagoa na área remanescente.

Eliana Honain, secretária da Saúde, apresentou informações para vereadores de Araraquara (Foto: Milton Filho)

Já a Saúde, além de ser contemplada com um repasse de R$ 60 milhões para auxiliar a zerar a fila por consultas, exames, procedimentos e cirurgias eletivas, o prefeito Edinho Silva (PT) anunciou nos últimos dias a reforma das três UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Com a aproximação de 2024, também houve movimentações visando às eleições, marcadas para outubro. Além dos primeiros pré-candidatos – como Pedro Tedde (Novo), Rafael de Angeli (PSDB) e Eliana Honain (PT) -, os vereadores Marcos Garrido, Carlão do Joia e Marchese da Rádio anunciaram a troca do Patriota (agora PRD) pelo PSD de Gilberto Kassab.

Livro de Edinho Silva é lançado (Foto: Alexandre Bastos/Divulgação)

Como ‘último capítulo’ desta retrospectiva que resumiu o ano político, destaque para o lançamento do livro “Uma cidade na luta pela vida: da pandemia ao 8 de janeiro”, onde Edinho Silva retratou os bastidores do enfrentamento da covid-19, abordou polêmicas e apresentou dados que colocaram como assertivas as medidas de isolamento social adotadas.

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Walter Strozzi
Walter Strozzihttp://www.acidadeon.com/araraquara
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.
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