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Durante sessão da Câmara, nesta terça-feira (6), o presidente do SISMAR (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara), Gustavo Jacobucci, usou a tribuna popular para pedir ajuda aos vereadores para melhorar a proposta da Prefeitura referente a data-base 2023. Até o momento, administração municipal ofereceu 4,65% de reajuste.
“O prefeito tem dito que os servidores foram maravilhosos na pandemia, que merecemos prêmio, que a saúde e assistência são maravilhosas e que precisamos ser valorizados, mas com uma plaquinha na parede como funcionário do mês. O que faz o servidor ser valorizado é o salário”, introduziu o representante do sindicato.
“Não estamos pedindo uma porcentagem para luxo, apenas pedindo socorro. Essa é a palavra. Nós servidores de carreira temos um salário menor, absurdamente menor, que um salário de ingresso para um funcionário do comércio. Com 19 anos de carreira, recebo o mesmo que uma pessoa que está entrando hoje no comércio”, completou.
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O líder sindical pontuou que os trabalhadores estão com o vale-alimentação desvalorizado e criticou o fato da maior fatia do benefício estar atrelada a assiduidade. Segundo explicou o representante, o valor real do vale-alimentação é de R$ 440 por mês.
“Não queremos nada além de valorização para subsistência, não é mais para viajar, mas para poder comer. Chegamos ao ponto de uma servidora estar na mesa de negociação, com o atestado na mão, doente e não entregar, pois tem filho e não tem como alimentá-lo caso perca o ticket”, revelou.
“Teve outra [servidora] de nome ignorado por uma questão ética, que faz um plantão de 12/36 e é fornecido uma marmita. Ela pede ao colega que não come a marmita, para deixar para levar para casa e comer melhor. Parece brincadeira, mas provamos tudo o que estamos falando, é difícil. O Sincomércio vem e fala que a cesta básica é R$ 923, enquanto o nosso ticket é R$ 440”, emendou o líder sindical.
“Não queremos nada de mais, queremos ser reconhecidos, tendo dignidade. Dignidade essa que o nivelamento é tão baixo que só pedimos o suficiente para poder comer. Não trago números aqui, mas um pedido de socorro”, finalizou ao pedir intervenção dos vereadores.
A fala do representante do sindicato ocorreu no dia seguinte a um encontro com os parlamentares, na última segunda-feira (5), onde ficou acordada a não votação do projeto de lei da Prefeitura e uma negociação para melhoria da proposta inicialmente apresentada.
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