Ele doará os direitos autorais dos exemplares vendidos ao estudante araraquarense Walter Delgatti Neto. “Doarei os direitos autorais dos exemplares vendidos a Walter Delgatti Neto, o ‘Vermelho’, que hackeou as conversas da República de Curitiba e as entregou ao Intercept. Delgatti, que ainda continua com tornozeleira eletrônica, está passando por dificuldades materiais e este é apenas um gesto para alertar a opinião pública para os problemas que ele vive. Se não fosse a ação de Delgatti, Lula estaria no xadrez até hoje”, declara Morais.
A noite de autógrafos de “Lula” em Araraquara coincidirá com o aniversário do Ato Institucional número 5 (AI-5), que há 53 anos suspendeu as liberdades individuais, fechou o Congresso Nacional por tempo indeterminado e revogou o direito ao habeas corpus, dentre outras medidas restritivas no período de quase dez anos de vigência do AI-5, o mais duro da ditadura (1964-1985).
LIVRO
Desde 2011, Fernando Morais ganhou acesso direto a Lula. Ele utilizou essas dezenas de horas de depoimentos e seu faro de repórter para compor o projeto biográfico, que traz um painel do personagem.
Em narrativa que faz uso de recuos e avanços cronológicos, neste primeiro volume Morais vai da infância de Lula até o anulamento de suas condenações, em 2021 passando pelo novo sindicalismo, as greves do ABC, a fundação do PT e a primeira campanha eleitoral.
AUTOR
Fernando Morais nasceu em Mariana, Minas Gerais, em 1946. Jornalista, trabalhou no Jornal da Tarde, na revista Veja e em várias outras publicações da imprensa brasileira. Recebeu três vezes o prêmio Esso e quatro vezes o prêmio Abril de jornalismo.
Foi deputado (1979-1987) e secretário da Cultura (1988-1991) e da Educação (1991-1993) do Estado de São Paulo. É autor de A ilha, Cem quilos de ouro, Olga, Os últimos soldados da Guerra Fria, Corações sujos e Chatô.