A formação de uma nova regionalização do Estado foi discutida, nesta sexta-feira (2), em audiência pública realizada em São Carlos. A proposta é a criação do Aglomerado Urbano Central, com a capital da tecnologia tendo o título político administrativo de região metropolitana – composta também por Araraquara e outros municípios.
O tema foi debatido com o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) e o secretário de Desenvolvimento Regional do Governo de São Paulo, Marco Vinholi. “Estamos aqui discutindo o futuro de São Paulo, a Aglomeração Urbana é fundamental para que tenhamos planejamento, organização e condições para execução de ações de forma regionalizada”, afirma Garcia.
Segundo o Governo, a discussão sobre a regionalização do Estado ocorreu em 1980 e, desde então, houve excesso de desenvolvimento, o que sugere a necessidade de um novo ordenamento regional. O tema compõe o projeto de Desenvolvimento Regional.
“Propomos a criação do Aglomerado Urbano Central com o objetivo de levar a região a atingir sua potencialidade. Esse é um processo de descentralização, colocando o governo mais próximo da população, além de investimentos por meio do Fundo de Desenvolvimento, onde tanto o Estado quanto os municípios colocam recursos para investimentos e solução de problemas regionais. Este é um momento importante para a região Central, de superação, mas também de pensar no futuro, e este está no Aglomerado Urbano”, afirma o Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.
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O Estado ressalta que a proposta de regionalização tem como premissas principais manter tanto quanto possíveis as divisões existentes, considerando o nível de integração regional entre os municípios. O projeto é baseado em estudos da Fundação Seade.
Entre as pesquisas utilizadas pela Seade para o projeto, segundo o governo paulista, a mais relevante para a definição das novas regiões foi o da Dispersão Urbana, que classificou todos os municípios segundo o balanço migratório.
Os dados teriam sido coletados no censo demográfico do IBGE, que discrimina a população que se desloca diariamente de seu município de residência para outro. Com esta informação, calculou-se para cada município um “Índice de Eficácia Migratória”, que resulta da relação entre o saldo migratório (entradas menos saídas) e o movimento migratório total (entradas mais saídas).
O estudo apontou então a criação do Aglomerado Urbano Central. Integram a nova unidade: Américo Brasiliense, Araraquara, Boa Esperança do Sul, Borborema, Cândido Rodrigues, Descalvado, Dobrada, Dourado, Fernando Prestes, Gavião Peixoto, Ibaté, Ibitinga e Itápolis. Juntos, somam 1.014.169 habitantes, com um Produto Interno Bruto de R$ 38,92 bilhões.