Guilherme Bianco (PC do B) participa, nesta sexta-feira (15), da série de entrevistas sobre a produção dos vereadores ao longo do primeiro semestre de 2022.
Ao acidade on, o parlamentar falou sobre as ações de seu mandato, opinou sobre a polarização política no Legislativo e também sobre a situação da Santa Casa.
Autor de 181 indicações e 131 requerimentos, Guilherme Bianco foi autor de uma lei ordinária e duas leis complementares nestes primeiros meses do ano na Casa de Leis.
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O parlamentar ressaltou que suas prioridades são a defesa da democracia e a criação de uma agenda legislativa para garantir mais direitos para toda a população da cidade.
“Temos nos dedicado nesses primeiros seis meses do ano em defender a democracia, a Constituição nesse período complicado que o Brasil tem vivido e também a área da educação. Essas têm sido nossas prioridades desde o início do mandato. Além disso, temos nos esforçado para construir uma agenda que consiga expandir os direitos das pessoas aqui em Araraquara”.
“Gostaria de citar como exemplo a lei que aprovamos para facilitar o acesso da pessoa com deficiência ao transporte público, ao passe livre no ônibus, em Araraquara. Nesses seis primeiros meses temos nos dedicado muito na defesa da democracia, em discutirmos com qualidade a ampliação das nossas políticas educacionais e também criação de uma agenda de ampliação do direito das pessoas em nossa cidade”, completou.
Guilherme Bianco também avaliou a polarização política em Araraquara. Em sua visão, isso vem ocorrendo por existir uma disputa do projeto de País e sociedade que as pessoas querem.
Para o vereador, o clima mais “quente” nas discussões do passaporte da vacina – lei sugerida por ele à Prefeitura -, foi estimulado justamente por essa disputa social. Mas, apesar disso, Bianco não enxergou a situação como negativa.
“Vejo isso com bons olhos, pois é importante as pessoas tomarem lado nessas discussões. Por exemplo, na questão da vacina e nós lutamos para aprovar o passaporte. No limite, a disputa ali não era apenas sobre se deveríamos ou não apresentar um documento para acessar os lugares fechados, mas, no fundamental, se a vacina e a ciência servia ou não, e qual o papel do Governo Federal durante o período de pandemia. Então as discussões polarizadas no nosso município e, por vezes, ficam acaloradas mesmo – chegando a ter cenas que devemos repudiar -, é na verdade um sintoma da polarização que o Brasil tem passado, não só em questão eleitoral, mas de qual o Brasil queremos construir para o próximo período”, defendeu.
Atualmente, a Câmara tem duas Comissões Especiais de Inquérito (CEIs) em andamento para discutir os cemitérios e precatórios. Bianco assinou pela abertura de ambas e as classificou como “ferramentas” para dar respostas ao araraquarense.
“No caso da CEI dos Cemitérios avalio ser importante conseguirmos identificar, saber como se dá e quem são as pessoas que fazem esse comércio ilegal de túmulos no São Bento. Precisamos identificar, levar para a Justiça, o Ministério Público e culpar as pessoas que fazem isso”, introduziu.
“Já a CEI dos Precatórios, vivemos um drama com isso na cidade, faz alguns anos que, infelizmente, Araraquara ocupa destaque entre as cidades do Estado de São Paulo com maior número de precatórios a pagar. E é importante frisar que a Prefeitura precisa pagar, pois são direitos conquistados pelos trabalhadores e quando foram negados viraram precatórios e a Prefeitura tem que pagar. Mas por outro lado, precisamos saber onde fechar a torneira, qual o problema de gestão que a Prefeitura e não só o prefeito Edinho, mas historicamente, tem criado esses problemas, porque no fundamental, o precatório e o dinheiro que sai do orçamento para pagar esse direito negado ao trabalhador, podiam estar na escola, no posto de saúde e na reforma do próprio público”, completou.
O parlamentar foi questionado sobre a crise na Santa Casa. Em sua avaliação, o fator determinante para isso ocorrer é o subfinanciamento do SUS – quando o governo paga a tabela defasada pelos procedimentos, ou não envia os recursos necessários ao hospital.
Sobre a intervenção na Santa Casa e a nomeação de uma nova direção com nomes tradicionais da política araraquarense, o vereador considerou positiva, disse ter gostado dos primeiros resultados que os gestores conseguiram em um curto período.
“Óbvio que Araraquara – a Câmara, o prefeito e me somo a esses -, tomou a opção de depositar todas as nossas energias e verbas no combate à covid-19, seja para levantar o hospital de campanha, vacinar, testar 100% da nossa população, mas isso deixou um passivo na Saúde do ponto de vista de exames, cirurgias eletivas, além de outros problemas que acabaram sendo afetados. Agora é hora de olharmos para frente e colocar isso em dia”, considerou.
O vereador também projetou os próximos meses e revelou que vai “seguir defendendo a democracia” e buscando recursos para auxiliar na construção de políticas públicas. Ele também adiantou que tem quatro novos projetos sendo trabalhados por seu mandato.
“Devo continuar nessa luta para trazer mais investimentos para nossa cidade e só nestes primeiros meses conseguimos trazer R$ 1,4 milhão em emendas parlamentares dos nossos deputados. Além de aprovar as leis que já mencionei, estamos com quatro projetos para colocar em votação. Estamos na luta para trazer à nossa cidade o piso nacional nos salários dos agentes comunitários de Saúde, também queremos votar a isenção do IPTU para patrimônios tombados, ou seja, a defesa do patrimônio histórico e cultural de nossa cidade e estamos na briga para conseguir implantar efetivamente as ciclovias nos novos loteamentos”, finalizou.
A série de entrevistas com os vereadores de Araraquara prossegue na segunda-feira (18), com a publicação de conteúdo com o vereador Hugo Adorno (Republicanos).
As publicações são disponibilizadas de segunda a sexta-feira no acidade on e também na CBN Araraquara. A sequência das entrevistas foi definida por ordem alfabética.
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