Lideranças políticas de Araraquara aproveitaram o sábado (24) para participar de manifestação contra o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Participou do ato a deputada estadual Márcia Lia (PT), além de quatro vereadores: Guilherme Bianco (PC do B), Fabi Virgílio (PT), Thainara Faria (PT) e Filipa Brunelli (PT).
Após concentração na Praça Santa Cruz, com faixas, bandeiras e bateria os presentes seguiram em manifestação pela Rua São Bento, Avenida Portugal e Rua Nove de Julho.
Além do impeachment, os manifestantes exigiam vacinação em massa e retorno do auxílio emergencial. Um grupo também pedia a eleição do ex-presidente Luiz Ignácio Lula da Silva.
Segundo os organizadores, cerca de 300 pessoas participaram do ato público, que teve uso de máscara pelos presentes, porém, não tinha o distanciamento de 1,5 metro previsto.
FORA BOLSONARO EM PAUTA
Márcia Lia ressalta que a bandeira que unifica os presentes no ato é a saída de Bolsonaro da presidência da República, uma vez que enxerga diferentes retrocessos para o povo.
“Queremos mostrar o que está acontecendo neste País, com mais fome, a volta da miséria, falta de vacina, ausência de condições de trabalho, desemprego e cada vez mais ricos, ficando ricos e pobres morando nas ruas. Precisamos conscientizar as pessoas de que não há mais condições de ter esse Bolsonaro corrupto, genocida e bandido governando o País”, diz.
A vereadora Thainara Faria segue a mesma linha. De acordo com ela, desde 2018 denuncia que Bolsonaro não devia ser eleito como presidente da República.
“Fomos surpreendidos com uma pandemia piorando ainda mais a situação dos brasileiros. Com Bolsonaro no poder as pessoas estão morrendo de fome, sem vacina, assassinados, pois temos uma série de problemas no Brasil que não querem resolver. Agora, com a vacinação avançando, com menor ocupação de leitos, nós vereadores temos que nos mobilizar e denunciar tudo o que ele vem fazendo contra o povo brasileiro”, defende.
Fabi Virgílio explica que foi determinante para sua participação no ato deste sábado as flexibilizações no enfrentamento à pandemia da covid-19 na cidade.
“A grande pauta é o fora Bolsonaro. Não podemos naturalizar situações de violência e negligência como vem acontecendo pelo governo federal. Acho que nosso maior desafio é fazer um grande fora Bolsonaro, porque precisamos voltar a ter uma política de vida instituída no País”, considera.
Já Filipa Brunelli também enxerga que a flexibilização permitiu maior adesão ao movimento. Ela aponta ainda que “se hoje nos colocamos em risco na rua, é porque temos um vírus mais perigoso no poder”.
“Basicamente a maior bandeira que me motiva vir para o ato é a que levanto há mais de 10 anos da minha vida, que é a LGBT, pela vida das pessoas LGBTs, que desde quando começou esse governo tem seus corpos violentados. Com a pandemia, tivemos mais elementos, como mortes, pessoas passando fome e o desemprego”, alerta.
Morte, desemprego e a fome também mobilizaram Guilherme Bianco. Segundo ele, o Brasil é o país mais letal do mundo no enfrentamento à covid e ir às ruas é um ato de “rebeldia”.
“Acredito que as mobilizações que têm sido puxadas no Brasil inteiro são um grito de rebeldia contra o governo, de quem não aguenta mais perder o seu emprego porque não existe uma agenda econômica de desenvolvimento, além de perder seus entes queridos para uma doença que já tem vacina”, finaliza.
O ato público pelo Fora Bolsonaro no Centro de Araraquara também contou com lideranças estudantis, sociais e partidos políticos, como PT, PC do B, PSOL, PSTU e PCO.