O vereador Lineu Carlos de Assis (Podemos) voltou a falar sobre sua ida ao hospital de Campanha para verificar denúncia de respiradores encaixotados, na última sexta (27).
Novo posicionamento do parlamentar ocorreu durante seu Pequeno Expediente – onde há direito a fala livre -, na sessão da Câmara, nesta terça-feira (29).
Lineu afirmou aos colegas que é “dever do vereador usar suas prerrogativas para atender o interesse público”. Ele reforçou que toda denúncia que chegar ao gabinete será verificada.
“Recebemos, como todos vocês [vereadores] recebem denúncia que no hospital tínhamos respiradores encaixotados em uma sala. Qual nossa obrigação? Não minha, mas de todos nós quando acionados em relação à denúncia? Ir checar a veracidade do fato”, afirma.
“Fui ao hospital de campanha, entramos na recepção, temos provas fotográficas e de imagens nossas que conversamos com os funcionários lá e nos receberam na maior educação e da mesma forma nós nos portamos. Nos apresentamos, dissemos que estamos lá para checar a veracidade ou não de uma denúncia que nos foi feita”, completa.
Impedido de entrar, o parlamentar relata que explicou estar indo ao Plantão Policial para registrar um boletim de ocorrência, mas nega qualquer agressividade. “Temos como comprovar, ao contrário do que tentam dizer ou plantar”, ressalta.
Lineu Carlos de Assis também rebate que sua ida até o local tenha sido para “criar fato político”. Segundo ele, apenas agiu de forma transparente para cumprir seu papel.
“Não fui fazer política, fui cumprir com o que cada um de nós tem que cumprir”, finaliza.
PARA ENTENDER
A denúncia de suposto depósito de respiradores no hospital de campanha surgiu na última sexta-feira (25), através do vereador Lineu Carlos de Assis (Podemos).
De acordo com o parlamentar, ele recebeu denúncia anônima da situação, inclusive com fotos dos equipamentos encostados em uma das salas da unidade que trata pacientes com covid-19.
Ao ir verificar a denúncia, Lineu relata ter sido impedido de entrar na unidade por orientação dos responsáveis e registrou Boletim de Ocorrência no Plantão Policial.
O tema repercute nos bastidores políticos de Araraquara e também fora dele. Na última segunda-feira (28), a secretária de Saúde, Eliana Honain fez uma live no local em resposta ao parlamentar.
Um pedido de investigação do caso, feito pela Prefeitura, também foi encaminhado ao Ministério Público (MP). No documento, a administração classifica a ação como “invasão”.