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PolíticaMilitantes são presos por colocar adesivos pró-Palestina em Araraquara

Militantes são presos por colocar adesivos pró-Palestina em Araraquara

Ação ocorreu na madrugada desta quarta-feira (7), e a dupla acabou liberada após a audiência de custódia

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Militantes do PCO (Partido da Causa Operária) foram presos por colarem adesivos pró-Palestina em pórticos de semáforos no Centro de Araraquara na madrugada desta quinta-feira (7). A dupla foi flagrada por uma equipe da GCM (Guarda Civil Municipal), conduzida ao Plantão Policial e ficou presa na cadeia pública de Santa Ernestina até a audiência de custódia.

Segundo a secretaria Municipal de Segurança Pública, a equipe da GCM que atuava no COI (Centro de Operações de Inteligência) verificou a movimentação suspeita da dupla por meio de imagens do totem de monitoramento instalado na esquina da Avenida José Bonifácio com a Rua São Bento e solicitou apoio de uma viatura para averiguação.

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“Os GCMs foram até o local, constataram que eles haviam colado cartazes nos semáforos e que portavam mais cartazes e cola. Diante da situação, foram encaminhados ao Plantão Policial e lá enquadrados pelo delegado responsável por dano ao patrimônio público”.

Prefeitura de Araraquara, em nota

‘DESPROPORCIONAL’

Um dos envolvidos no caso, o bancário Tiago Pires, não negou a prática da colagem de adesivos nos semáforos de Araraquara. Segundo ele, a manifestação política é uma “campanha de mobilização contra o genocídio que está ocorrendo em Gaza”.

“Consideramos Israel um estado nazista e uma parte da campanha era fazer essa comunicação visual com a afixação de cartazes com a frase ‘Não à ocupação de Gaza – abaixo o genocídio israelense contra os Palestinos’, uma colagem nos semáforos”, explicou.

Tiago Pires, bancário e militante do PCO

O bancário, que disputou à Prefeitura de Araraquara pelo PCO nas eleições de 2020, informou que no momento da abordagem um dos agentes da GCM estava exaltado, agiu com truculência e desrespeito com seu colega. Pires garantiu que não houve resistência.

“Conversamos, perguntamos por que estávamos sendo abordados e ele foi grosseiro com o outro companheiro e não precisava de nada disso. Diante dos outros agentes, ele ficou mais contido, com um comportamento menos ostensivo”, introduziu.

“Não houve dano, foi um adesivo, algo que pode ser tirado. Se fosse o caso, poderíamos tirar isso, mas foi colocada uma fiança de R$ 5 mil para cada um. Algo impossível de conseguir, a não ser que fôssemos traficantes; não tinha como viabilizar isso na madrugada”, completou.

Tiago Pires, bancário e militante do PCO

A dupla ficou presa na cadeia pública de Santa Ernestina até a realização da audiência de custódia. Na visão de Tiago Pires, a penalidade imposta pela autoridade policial foi desproporcional para o caso, e a prisão dos militantes foi “política”.

“O problema não é a adesivagem, mas sim o teor dos cartazes e pelo crime ser bastante discutível, o exagero da fiança, todo o esculhambo. Foi uma prisão política na nossa avaliação. Se você olhar no Centro, vai ver vários cartazes, inclusive com telefones”, pontuou.

Tiago Pires, bancário e militante do PCO

“Estamos denunciando o genocídio que está acontecendo e é uma questão de liberdade de expressão que está sendo tolhida no nosso País. A própria Justiça vem cerceando esse espírito. Vamos buscar demonstrar que não teve dano, que tudo está funcionando como estava antes”.

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O caso envolvendo os militantes do PCO repercutiu também no meio político de Araraquara. Nas redes sociais, Fabi Virgílio (PT), Filipa Brunelli (PT) e Guilherme Bianco (PC do B) se posicionaram contra a prisão e exigiram a liberdade imediata da dupla.

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Walter Strozzi
Walter Strozzihttp://www.acidadeon.com/araraquara
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.
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