As obras previstas no Plano de Macrodrenagem da Via Expressa e Reurbanização da Orla Ferroviária prometem modificar a cara de Araraquara e evitar enchentes pelos próximos 100 anos. Além das melhorias na infraestrutura, a iniciativa resultará na criação de três parques.
Com um investimento de R$ 143 milhões a fundo perdido pelo Governo Federal, a obra será dividida em três fases, com a primeira sendo iniciada a partir da assinatura da ordem de serviço nesta sexta-feira (24) pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Inicialmente, a intervenção prevê a reconstrução do canal da Via Expressa e obras de macrodrenagem no canal do Ribeirão do Ouro. Em seguida, serão criados quatro grandes reservatórios: um na área remanescente dos trilhos, no Centro; outro no Parque São Paulo; um terceiro nas proximidades da rodovia Abdo Najm; e um quarto no Jardim Nova Época. A ideia é que, além da contenção das águas, os espaços sirvam para a prática esportiva e lazer.
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Segundo o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), todas as fases da obra devem ser concluídas até 2026. Ele explicou que Lula deve assinar nesta sexta-feira a ordem de serviço para a fase 1, que prevê intervenções não invasivas para a recuperação da canalização da Via Expressa. Ainda segundo Edinho, a fase 2 está aprovada e deve ser iniciada no segundo semestre, prevendo a construção de pontes e o alargamento do córrego.
Edinho Silva explicou ainda que a fase 3, que prevê os reservatórios e os parques com infraestrutura para a prática esportiva e lazer, foi protocolada na Caixa Econômica Federal e ainda depende de certidões de órgãos de controle, mas as obras começam neste ano.
“Não estou falando de futuro, ele é para agora. As três fases serão licitadas e começam neste ano. A Via Expressa leva seis meses para ser executada, a fase 2 leva um ano para ser feita, e a 3 leva um ano e meio. Em 2026, estaremos com toda essa obra concluída em Araraquara”, projetou.
Inicialmente, os recursos foram liberados pelo presidente da República e anunciados em visita do ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, a Araraquara, em fevereiro de 2023, após problemas causados pelas chuvas que destruíram nove pontos da cidade.
Na oportunidade, a Prefeitura conseguiu, através de uma empresa privada, a elaboração do projeto assinado pelo engenheiro Pedro Ivo de Almeida Santos. Já no início de maio, o Ministério dos Transportes assinou o termo de cessão de uso de uma área remanescente dos trilhos com extensão de 2,5 quilômetros para a realização de parte da obra antienchente. Araraquara foi a primeira cidade do país a receber uma área ferroviária desativada.