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PolíticaPedágio traria danos à economia regional, diz vice-prefeito

Pedágio traria danos à economia regional, diz vice-prefeito

Em audiência pública em São Carlos, Damiano e Boi, vice-prefeito e presidente da Câmara de Araraquara, reforçaram descontentamento com novo pedágio

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O novo pedágio na rodovia Washington Luiz segue em discussão (Foto: Arquivo)

 

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O vice-prefeito de Araraquara, Damiano Neto, e o presidente da Câmara Municipal de Araraquara, Aloísio Braz, o Boi, estiveram em audiência pública na quinta-feira (11) em São Carlos, onde firmaram posição contrária à construção de novo pedágio entre Araraquara e São Carlos. O encontro teve a presença de Milton Persoli, diretor-geral da Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), que veio defender o projeto.

“O pedágio traria danos à economia regional, pois os municípios são muito integrados. Os cidadãos de Ibaté, Araraquara e São Carlos teriam prejuízos em seus deslocamentos, seja a trabalho, estudo ou lazer”, avaliou o vice-prefeito, em entrevista à Rádio CBN.

Para Damiano, ainda que os investimentos nas rodovias do interior do estado de São Paulo sejam importantes, ele acredita ser inadmissível mais um pedágio na rodovia Washington Luiz, tão próximo à praça de pedágio existente entre Araraquara e Matão, com tarifa de R$ 18,70, uma das mais caras do estado.

Para o presidente da Câmara, um novo pedágio deixaria Araraquara “ilhada” em um momento pós-pandemia, em que o crescimento das atividades econômicas é fundamental.

“Isso vai prejudicar o escoamento da nossa produção e os novos investimentos, sem falar nos estudantes. Vamos fazer de tudo para que não aconteça”, ressaltou Boi, também em declaração à Rádio CBN

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BENEFÍCIOS

Já o diretor da Artesp, Milton Persoli, ponderou que a concessão do pedágio provoca rejeição no primeiro momento, mas lembrou que a iniciativa também traria benefícios.

“Quando falamos em pedágio, também falamos em rodovia duplicada, marginal, atendimento médico, implantação de passarelas, wi-fi, vidas que são salvas”, avaliou.

Ele disse ainda que que o estudo inicial da praça de pedágio não descarta a divisão dos valores entre os pedágios entre Araraquara e Matão e Araraquara e São Carlos, com tarifas de cerca de 9 reais em cada localidade.

“Usuários frequentes também terão benefícios. Quem usa todos os dias, por exemplo, terá desconto de aproximadamente 80% do valor da tarifa a partir da trigésima passagem”, explicou. 

MAIS PRESSÃO

A proposta do governo do Estado prevê a concessão da malha atualmente administrada pela AB Triângulo do Sol por 30 anos. O edital será lançado no próximo ano, com possibilidade de início de contrato em 2023. A nova praça de pedágio seria instalada no km 255, da rodovia Washington Luís, no trecho entre Araraquara, Ibaté e São Carlos.

De acordo com Boi, na próxima terça-feira (23), durante a posse da União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp), será reforçada uma posição da região contra o pedágio, para ser levada ao secretário de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, e ao vice-governador Rodrigo Garcia.

“Eles, que são da região, vão ter que falar de que lado da história estão. Fizeram uma programação regional e agora estão se omitindo nessa pauta regional, que é a nova praça de pedágio, que vai prejudicar muito Araraquara e região”, conclui.  

RESPOSTA 

Em nota, a assessoria de imprensa do Governo do Estado de São Paulo informou que assuntos relacionados a concessões de praças de pedágio são de responsabilidade exclusiva da Artesp e não da Secretaria de Desenvolvimento Regional. 

A Artesp complementou que já foram realizadas cinco audiências exatamente para ouvir a população e que a fase atual ainda é de definição e elaboração do projeto.

A Agência declarou ainda à Rádio CBN/ACidade ON que a participação da sociedade é tão importante que a Artesp mantém o período de Consulta Pública, em que dúvidas e sugestões da sociedade continuam sendo apresentadas. E que, mesmo assim, o diretor-geral da entidade veio a São Carlos para ouvir a população.

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