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PolíticaPráticas "off-line" dominam gastos dos candidatos de Araraquara

Práticas “off-line” dominam gastos dos candidatos de Araraquara

Destinação de recursos mostra “força” dos meios tradicionais para fisgar os eleitores

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17 candidatos a deputado estadual e federal têm domicílio eleitoral em Araraquara (Fotos: Divulgação)
17 candidatos a deputado estadual e federal têm domicílio eleitoral em Araraquara (Fotos: Divulgação)

 

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A maior fatia dos R$ 2,4 milhões gastos pelos 17 candidatos com domicílio eleitoral em Araraquara foi destinada para a contratação de cabos eleitorais; confecção de materiais impressos e ‘santinhos’; e impulsionamentos nas redes sociais e internet.

As informações constam na primeira parcial de contas apresentadas pelos postulantes para uma vaga na Assembleia Legislativa e a Câmara Federal. Dos 17 nomes, 13 candidatos totalizaram gastos de R$ 2,4 milhões, enquanto quatro não declaram saída de recursos.

Entre os candidatos que destinaram a maior fatia de seus gastos com cabos eleitorais ou mobilização de rua – mesmo que em bens estimáveis -, estão: Leny Bácaro (PL), Ygor Froes (Novo), Marcelo Barbieri (MDB), Marcia Lia (PT) e coronel Prado (PTB).

 

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Apostaram nos materiais impressos: Marcelo Roldan (PSOL), Thainara Faria (PT), Massucato (Patriota) e Edson Jaspion (SD). Já Tábata Manzoli (Podemos), professor Augusto (UB), doutor Lapena (Patriota) e Pedro Tedde (Novo) destinaram seus gastos para o “poder das redes”.

Os direcionamentos de recursos pelos postulantes demostram que mesmo com a popularização das redes sociais e mais de 20 anos da abertura da internet para uso doméstico, os meios tradicionais de se fazer campanha ainda são indispensáveis para fisgar o eleitorado.

Na avalição do diretor da Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP), Caio Manhanelli, as práticas consideradas “off-line” nas campanhas eleitorais ainda fazem parte da chamada “cultura eleitoral”, com hábitos transmitidos entre as gerações.

 

“Ainda são importantes práticas off-line em campanhas eleitorais e políticas. Isso porque, o que poderíamos chamar de cultura eleitoral, que seriam os hábitos e práticas quando chega o tempo das eleições e da política, essas práticas são marcadas e acabam sendo transmitidas de geração para geração”, introduziu.

“Dou um exemplo claro, muita gente quis dizer que a campanha de 2018 foi ganha pela internet, mas houve recorde de audiência do programa eleitoral gratuito em 2018, em relação aos 20 anos anteriores, para termos uma ideia. É importante, sim, os outros meios, além da internet, para a comunicação política”, completou.

 

Segundo Manhanelli, ainda há um número considerável de eleitores indecisos para escolher os candidatos para deputado estadual e federal. E em sua visão, isso tem a ver justamente com a internet, devido a sua promessa mais radical de segmentação da comunicação.

“A internet tem esse aspecto de só ver o que quero e óbvio, pagamos assinatura no YouTube para só ver o que queremos e não ter propaganda, por exemplo, falando de uma das redes de vídeo que temos ativa. Ainda assim, é muito válido todo tipo de campanha off-line nas campanhas eleitorais e não só, mas outros meios de comunicação são importantes, mesmo para os candidatos a deputado estadual ou federal”, defendeu.

Apesar de os números mostrarem maior concentração de recursos em um determinado meio para se transmitir a mensagem durante a campanha eleitoral, o especialista alertou não existir “nada que eleja sozinho um candidato”, nem mesmo “dancinha no TikTok”.

 

“Não é o santinho, internet, impulsionamento no Facebook, dancinha no TikTok, jornalzinho de campanha, ou líder comunitário. Não é um aspecto da campanha ou uma ferramenta que ganha a eleição sozinho. É o conjunto do esforço comunicacional que leva a uma vitória eleitoral. Não existe um fator isolado”, disse Caio Manhanelli.

“Claro, o público tem mais a ver com a determinação do tipo de comunicação e, obviamente, quando falamos do tipo e também do meio que usamos para se comunicar com ele. A primeira informação que deve ser colhida por uma campanha é como os eleitores se informam sobre política e como o candidato está acostumado a chegar a seu público”, emendou.

 

Por fim, o consultor político reforçou a importância de se pensar estratégias de comunicação para tornar o conteúdo e candidato relevantes, tanto na internet e nas próprias redes sociais, quanto em meios considerados tradicionais como o rádio e a televisão.

 

“De certa forma, essa lógica de ter um conteúdo relevante para um público se torna cada dia mais óbvia, clara e necessária para o candidato alcançar a vitória eleitoral não só na internet, mas em outros meios de propaganda das suas ideias e mesmo antes de pensar em pedir voto, é preciso ser relevante para aquelas pessoas que você vai pedir, ser relevante no mínimo para ser escutado por aquelas pessoas”, finalizou.
 

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