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PolíticaPrefeito da região reafirma à Comissão pedido de propina

Prefeito da região reafirma à Comissão pedido de propina

José Manoel de Souza, de Boa Esperança do Sul, falou à Comissão de Educação do Senado

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José Manoel de Souza, de Boa Esperança do Sul, falo à Comissão de Educação do Senado (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

 

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O prefeito de Boa Esperança do Sul, José Manoel de Souza, participou de uma oitiva da Comissão de Educação do Senado, nesta terça-feira (5), e confirmou que pastores evangélicos pediram propina pela liberação de recursos do Ministério da Educação (MEC). 

Durante sua fala, o chefe do Executivo disse que recebeu a oferta de uma escola técnica para o município em troca de benefícios para uma igreja evangélica. Ele teria sido abordado por um pastor após uma reunião com o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. 

“O Arilton perguntou: ‘Você sabe muito bem como funciona, né? O Brasil é muito grande, não dá para ajudar todos os municípios. Mas, eu consigo te ajudar com uma escola profissionalizante. Eu faço um ofício agora, chamo a Nely, você assina um ofício, coloco no sistema e, em contrapartida, você deposita R$ 40 mil na conta da igreja evangélica. Eu então bati nas costas dele e afirmei que, para mim, não é desse jeito que funciona'”, relatou o prefeito. 

AUDIÊNCIA 

Além do prefeito de Boa Esperança, outros dois prefeitos afirmam que o pastor Arilton Moura teria cobrado propina em dinheiro, ouro e até por meio da compra de bíblias para conseguir a liberação de verbas do Ministério da Educação. 

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Segundo os prefeitos, ele também ajudava a viabilizar reuniões no MEC com o então ministro Milton Ribeiro e com o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte. 

O pastor Gilmar Santos também foi citado entre os participantes das conversas. Os dois tinham trânsito livre no MEC.

GABINETE PARALELO 

O chamado Gabinete Paralelo seria formado pelos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. Segundo denúncias, eles teriam trânsito livre na pasta e exerciam influência sobre a destinação de verbas da pasta e também sobre a agenda do então ministro Milton Ribeiro. 

O pastor Arilton Moura não foi localizado pelo G1 para comentar o assunto. Gilmar Santos nega envolvimento em irregularidades e diz que não influenciou decisões do ministério. 

O então ministro da Educação pediu exoneração do cargo e defendeu que o caso fosse investigado. Ele confirmou encontros com líderes religiosos, mas isentou o presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Gabriela Martins
Gabriela Martinshttp://www.acidadeon.com/araraquara
Editora do ACidade ON Araraquara e São Carlos, está no portal desde 2018. Formada há 13 anos, atuou como repórter da Tribuna Impressa de Araraquara por mais de sete anos e tem experiência em marketing em mídias digitais -gabriela.martins@acidadeon.com
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