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PolíticaPrefeitura de Araraquara é obrigada a explicar atestados negados

Prefeitura de Araraquara é obrigada a explicar atestados negados

Município negou atestados e descontou salários de servidores que se afastaram por terem casos de covid-19 na família

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Upa da Vila Xavier atende pacientes com covid-19  (Foto: Amanda Rocha/ acidade on)

 

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A Prefeitura de Araraquara tem o prazo de três dias para se manifestar na ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em relação aos servidores da saúde que tiveram descontos salariais e atestados médicos negados. A medida se refere aos profissionais que se afastaram após casos de covid-19 em suas famílias neste ano.

Por meio de nota, a administração municipal afirmou que se manifestará nos autos no prazo judicial estipulado pela Justiça. 

Na ação, o procurador Rafael de Araújo Gomes apontou que “sob a alegação genérica de risco de desassistência frente à variante ômicron, tais profissionais são tratados pelo réu como trabalhadores de segunda classe, com menos direitos”. 

Em decreto, a prefeitura de Araraquara determinou que “os profissionais de saúde que sejam comunicantes domiciliares assintomáticos, com 3 (três) doses de vacina contra a covid-19, não cumprirão isolamento domiciliar”. 

O caso foi denunciado ao MPT pelo sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara. Segundo o Sismar, a prefeitura recusou atestados de servidores da saúde que estavam com crianças positivadas para covid-19 em casa. 

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O sindicato denunciou que houve casos de desconto do dia não trabalhado. Além de servidores que foram obrigados a trabalhar mesmo com a apresentação de atestado de contactante. 

Diante da denúncia, o Ministério Público do Trabalho investigou a prefeitura e ingressou com uma ação civil pública para condenar o município a reverter todos os descontos salariais e indenizar os servidores. 

O MPT pede que a prefeitura seja condenada e reverta todos os descontos salariais e supressão de benefícios, além de indenizar os trabalhadores que tiveram atestados médicos que previam afastamento do trabalho na condição de contactante. 

O valor mínimo pedido varia de R$5 mil por trabalhador prejudicado, além de R$100 mil por danos morais coletivos. 

Procurado, o MPT informou que a ação foi encaminhada à Justiça e que não irá se pronunciar. 

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Milton Filho
Milton Filho
Milton Filho é repórter da editoria de cidades do portal acidade on. Formado pela Universidade de Araraquara tem passagens pela CBN Araraquara, TV Clube Band e Tribuna Impressa. Acumula há quase 10 anos experiência com internet, rádio e TV.
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