A Prefeitura de Araraquara desenhou uma contraproposta em relação às reivindicações dos servidores municipais para a data-base 2022. Um resumo do projeto foi apresentado, na manhã desta segunda-feira (25), por dirigentes do sindicato dos Servidores Municipais (Sismar), em rede social.
A nova proposta foi apresentada aos dirigentes da categoria pelo presidente da Câmara, Aluísio Braz, o Boi (MDB), que tem intermediado as conversas com o prefeito Edinho Silva (PT). O projeto ainda é um esboço e não foi protocolado.
De acordo com a prévia, o Executivo manteria o reajuste de 5%, mas, em parcela única, a partir de agosto, a ser pago na folha de setembro. Antes a proposta era fracionada em duas parcelas, em outubro de 2022 e fevereiro de 2023.
O piso mensal do funcionalismo municipal também passaria imediatamente para R$1.302 e seria retroativo a janeiro.
Mudanças também no valor do vale alimentação, que poderia chegar a R$740, sendo R$440 fixos e o restante pago ao servidor que não apresentasse três atestados médicos ou mais no ano.
“É um avanço, não é absurdamente alguma coisa, mas, é melhor que nada. E quem vai decidir é a categoria”, disse o presidente do Sismar, Gustavo Jacobucci.
Os itens devem ser discutidos em assembleia, que foi marcada para às 19h desta segunda-feira, em frente à Prefeitura.
“A gente tem que deliberar, analisar, construir. Não é importa que foi através da Câmara que o prefeito fez algum tipo de aceno”, completou Jacobucci.
O presidente do sindicato também mencionou um acordo firmado com o presidente da Câmara, no qual o texto não entraria em votação sem o consentimento da categoria.
Procurado pelo acidade on, Aluísio Boi disse que as negociações estavam paradas e que a Câmara assumiu o papel de intermediar o diálogo. Segundo ele, a intenção é estender ao máximo as conversas até a elaboração de um projeto que seja consenso para todos.
“Acredito que, neste momento, só possa vir um PL com ganhos para o servidor e que tenha anuência do Sismar”, disse. “O intuito é sempre fortalecer o diálogo, com o compromisso de não votar nada sem ser bem transparente, sem conversa. Não vai ter projeto votado de surpresa. Este é o compromisso da Câmara em respeito ao servidor, Sismar e Executivo”, completou.