O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara (SISMAR), Gustavo Jacobucci, não descartou uma greve, caso as negociações com a administração municipal não avancem. Mas ressaltou que a decisão depende de deliberação da categoria.
Na última terça-feira (29), servidores realizaram assembleia em frente à Prefeitura e decidiram por estado de greve, manifestação no sábado (2), e um dia de paralisação caso não haja abertura de negociação.
Segundo Jacobucci, a expectativa é que as negociações comecem no próximo dia 8 de abril. “Se por ventura, nada surtir efeito, não tiver uma negociação, a gente tende a fazer um dia de paralisação”, disse em entrevista à CBN.
Na pauta de reivindicações está o reajuste real de 18% nos salários, referente à inflação acumulada nos últimos três anos, além 30,72% de perdas salariais de maio de 2015 a janeiro de 2022.
Outra reivindicação é o aumento do vale alimentação, que passaria dos atuais R$420 para R$840, além de uma incorporação de R$120.
O presidente do SISMAR diz que há margem para os aumentos, e que, desde 2021, a prefeitura tem registrado aumento de arrecadação. “Humanamente impossível viver com um salário mínimo, que é basicamente o salário da Prefeitura. O servidor público vem sofrendo com perdas. A administração vem judiando da categoria”, disse.
Em nota, a Prefeitura de Araraquara disse que uma reunião nesta quarta-feira (30), deve abrir o processo de diálogo sobre as reivindicações pactuadas na data-base da categoria.
“A data-base para negociações sobre o reajuste salarial da categoria, bem como os demais avanços, ocorre no mês de maio e, como sempre, o processo de diálogo com o Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar) tem início em abril”, esclarece.
Gustavo Jacobucci disse que as famílias dos servidores vivem com “salário miserável”. “[A manifestação será] para mostrar o que a gente está vivendo. Quem é o servidor público? É o que compra na loja, na padaria, a gente também move a economia”.