Dados da Justiça Eleitoral revelam que as campanhas eleitorais em Araraquara arrecadaram mais de R$ 6 milhões. Restando cinco dias para os cerca de 170 mil eleitores irem às urnas para escolher prefeito, vice-prefeito e vereadores, os maiores financiadores são os próprios partidos políticos, utilizando recursos do fundo eleitoral. Entre as pessoas físicas, o maior doador do país destinou R$ 200 mil para uma candidata à Prefeitura.
O diretório nacional do PT (Partido dos Trabalhadores) foi o que destinou a maior fatia das doações para a candidata Eliana Honain. A enfermeira e professora universitária arrecadou, até o momento, R$ 3,4 milhões, sendo R$ 2,5 milhões apenas de sua legenda. A candidata também recebeu R$ 300 mil do empresário e membro do Conselho de Administração da Construtora Pacaembu, Wilson de Almeida Júnior, e R$ 200 mil do maior doador para as campanhas eleitorais de 2024, o presidente da Cosan, Rubens Ometto Silveira Mello.
No caso do candidato Dr. Lapena, os diretórios nacionais e estadual do PL (Partido Liberal), Republicanos e União Brasil financiaram os R$ 2,1 milhões arrecadados até o momento. A maior parte, R$ 1,7 milhão, veio do PL, enquanto R$ 200 mil foram doados pelo Republicanos e R$ 100 mil pelo União Brasil. O diretório municipal do PL também contribuiu com R$ 60 mil.
O diretório nacional do PSD (Partido Social Democrático) enviou R$ 310 mil para a campanha de Doutor Marcos Garrido à Prefeitura. O próprio candidato também contribuiu com R$ 10 mil para sua participação na corrida eleitoral.
O empresário Pedro Tedde (Novo) arrecadou, até o momento, R$ 288.189,53, sendo a maior parte destinada pelo Partido Novo (R$ 180 mil), e o diretório nacional do Novo enviou mais R$ 108.189,53. Tiago Pires (PCO) até o momento não declarou nenhuma arrecadação à Justiça Eleitoral e tem reclamado que o fundo eleitoral de seu partido está bloqueado.
Todos os dados estão disponíveis no site DivulgaCandContas e podem ser consultados a qualquer momento. Candidatos à Prefeitura de Araraquara podem gastar até o limite de R$ 3,3 milhões. Já os candidatos à Câmara podem gastar até o limite de R$ 184.211,61.
No Brasil, os recursos para as campanhas eleitorais podem ser feitos por pessoas físicas, pelos próprios candidatos, por doações de outros candidatos ou partidos políticos, pela comercialização de bens, serviços e eventos de arrecadação realizados pelos candidatos ou partidos, ou por rendimentos gerados a partir da aplicação dos recursos.
Também são permitidos recursos próprios dos partidos, desde que venham do Fundo Partidário, do Fundo Eleitoral (Fundo Especial de Financiamento de Campanha), de contribuições de filiados, da comercialização de bens e serviços, e da realização de eventos de arrecadação, bem como de rendimentos gerados pela locação de bens dos partidos.