Após a Prefeitura protocolar projeto de lei (PL) na Câmara Municipal sobre a data-base 2022, o Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar) chamou os trabalhadores para um panelaço, neste sábado (16), às 9 horas, na Praça Santa Cruz, no Centro.
Em comunicado feito nas redes sociais, o presidente do Sismar, Gustavo Jacobucci, explicou que o movimento deve deliberar sobre o futuro das mobilizações e analisar o documento que foi protocolado na Casa de Leis. Os trabalhadores cobram uma proposta melhor da Prefeitura.
“Protocolar um documento pífio, mais sujo ainda do que ele tinha dado como proposta. Então amanhã vamos fazer um panelaço para mostrar a indignação dessa traição que o prefeito mais uma vez fez com o servidor público. Não vai passar”, disse o líder sindical.
PARA ENTENDER
Mesmo após a categoria rejeitar a proposta, a Prefeitura de Araraquara enviou projeto de lei para a Câmara Municipal prevendo os termos para a data-base 2022. O documento foi protocolado na última quinta-feira (14), às 23h59 (Clique e entenda a proposta apresentada).
Entre os pontos apresentados no documento, a administração municipal prevê reajustar em 5% os vencimentos dos trabalhadores, porém, divididos em duas oportunidades: 2,5% a partir de 1º de outubro de 2022 e 2,5% a partir de 1º de fevereiro de 2023.
O projeto de lei também prevê aumento no piso mensal do funcionalismo municipal para R$ 1.453,31 a partir de 1º de agosto de 2022 e reajuste no vale-alimentação para R$ 440 a partir de 1º de setembro de 2022 e bônus alimentação para R$ 160, também em 1º de setembro.
A Prefeitura alegou dificuldades para equilibrar receitas e despesas, além de compromissos com precatórios para não modificar a proposta. Apesar disso, os trabalhadores defendem que há margem para valorização profissional da categoria que está há três anos sem aumento.
O QUE A PREFEITURA PROPÕE?
Reajuste de 33,45% do piso salarial do funcionalismo;
Reajuste retroativo de janeiro de 2022 de 33,24% no piso salarial do magistério da rede pública de educação básica;
Reajuste de 5% no dissídio coletivo, em duas vezes;
Aumento de 11,11% no vale-alimentação, que passará para R$ 600;
Política de promoção de classe PCCV;
Enquadramentos do PCCV com redução de 10% na carga horária;
Implementação da hora aula de 50 minutos para professores da educação infantil;
Gratificação de função na atividade de professor formador (20%);
Aumento de 10 pontos percentuais no adicional para os profissionais da educação que atuam no campo;
QUAL A PAUTA DO SINDICATO?
Reposição da inflação desde julho de 2019;
Vale-alimentação de R$ 840;
Aumento real de 14%;
Instituição de uma política de recuperação de perdas salariais – pelos anos nos quais não houve reajuste ou o reajuste foi abaixo da inflação;
Elevação do prêmio assiduidade para R$ 200 mensais para todos os servidores;
Instituição do 13º vale-alimentação