Os vereadores de Araraquara enviaram à Prefeitura no primeiro ano de mandato uma enxurrada com mais de cinco mil indicações.
Ao todo, em doze meses, foram 5.681 pedidos de soluções de problemas que chegaram aos gabinetes dos 18 vereadores da cidade.
Segundo números levantados pela direção legislativa a pedido do acidade on, também foram encaminhados 3.970 requerimentos ao Executivo.
Em relação ao número de leis aprovadas, ao longo do ano, receberam aval do poder Legislativo 282 leis ordinárias e outras 22 leis complementares.
Entre os principais pedidos à administração estão poda de árvores, conserto de buracos em ruas, além de pedidos para melhoria em serviços prestados.
Somente o vereador João Clemente (PSDB) encaminhou 826 pedidos, seguido por Luna Meyer (PDT), com 599 indicações e Paulo Landim (PT), com 424 (veja tabela abaixo).
Comparando apenas indicações, o número é maior que em 2020 e 2019. No ano passado foram 3.656, enquanto em 2019 foram 4.632 pedidos encaminhados.
O QUE SÃO INDICAÇÕES E REQUERIMENTOS
Indicações e requerimentos são duas formas que os vereadores encontram para solicitarem informações ou a realização de diferentes serviços para a Prefeitura Municipal.
No caso das indicações, o prefeito pode aceitar ou não a sugestão feita no documento encaminhado, enquanto o requerimento deve ter uma resposta à Câmara em 30 dias.
VOLUME É MAIOR NO PRIMEIRO ANO DE MANDATO
Na análise do cientista político e colunista do acidade on Bruno Silva, o número de indicações em 2021 está dentro do esperado, com volume maior no primeiro ano de mandato.
Segundo ele, não que as indicações deixem de dominar a produção dos vereadores nos demais anos, porém, o ano legislativo pós-eleições é marcado pelo cumprimento das “promessas”.
“Promessas de campanha recentes que estão vivas na memória do eleitor e, portanto, exigem atuação intensa dos vereadores, sobretudo a fiscalização nos bairros e a melhoria de serviços e políticas públicas; desejo de construção ou reafirmação de algumas marcas políticas, como a marca de “vereador fiscalizador” ou a marca de “vereador microexecutor” e; o interesse do Executivo em aproveitar o momento pós-eleitoral em demonstrar atenção às necessidades dos bairros conforme a pressão exercida via vereadores”, defendeu.
“É claro que esse grande volume de solicitações de benefícios aos bairros não é atendida em sua totalidade. Mas a pressão pública gerada pelo Legiativo certamente fa o Executivo estar atento às demandas, sob pena de sofrer severas críticas junto à Opinião Pública em um dos temas mais sensíveis na política local, a zeladoria municipal e a infraestrutura urbana”, concluiu.