Em entrevista ao Manhã CBN, nesta quarta-feira (20), o prefeito Edinho Silva (PT), falou sobre a queda de braços entre trabalhadores e administração municipal referente a data-base 2022.
Após o presidente da Câmara, Aluísio Braz, o Boi (MDB) afirmar que as negociações serão retomadas, o chefe do Executivo voltou a reforçar a situação crítica das contas públicas.
“Nas finanças públicas não tem invenção, tem fato. O que estamos trabalhando desde os primeiros meses do ano é para construir uma proposta que seja realista, dentro daquilo que a Prefeitura consiga pagar”, defendeu.
“Não adianta a Prefeitura se comprometer com um percentual e depois não conseguir pagar o salário dos seus servidores. Jamais concordaria com nenhuma proposta que estivesse além das condições da Prefeitura honrar com seus compromissos”, completou.
Edinho Silva também respondeu sobre o “peso” dos cargos comissionados em sua gestão. O número de trabalhadores indicados vem sendo usado para criticar a administração.
“Quando assumi a Prefeitura cortei 125 cargos comissionados. As pessoas que estão ocupando cargos em comissão, os cargos que coordenam as políticas públicas e o programa vitorioso são de carreira”, respondeu.
“Quem é a secretária da Saúde? Eliana Honain, de carreira. Quem é o secretário de Obras? Pelicola, de carreira. Assistência Social? Jaqueline, de carreira. Se for falar, fico a manhã inteira dizendo-lhe que essa alegação é mentirosa”, completou.
Na avaliação do prefeito Edinho Silva é preciso governar com responsabilidade. “Gostaria muito de aceitar os 34% que os servidores pedem, gostaria muito de que em uma canetada estivesse dado, mas se der significa R$ 250 milhões a mais no ano”, considerou.
Em outro ponto de seu posicionamento, Edinho Silva disse respeitar o direito dos trabalhadores em fazer greve, mas reforçou que vai defender o interesse da população e não fica sem atendimento nos serviços essenciais da cidade como, por exemplo, Educação e Saúde.
Edinho defendeu que se a postura do sindicato fosse outra, não haveria uma “avalanche de ações trabalhistas”. “Se o sindicato tivesse uma postura de composição com o governo para evitar essa avalanche de ações trabalhistas, a situação da Prefeitura não seria essa”, finalizou.