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SaúdeBronquiolite provoca a internação de 19 crianças em hospitais de Araraquara em maio

Bronquiolite provoca a internação de 19 crianças em hospitais de Araraquara em maio

Inflamação é provocada pelo VSR (Vírus Sincicial Respiratório) e é comum nesta época do ano; doença não tem tratamento específico

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Com apenas sete dias de vida, o recém-nascido Lucas Chaves precisou ser internado com diagnóstico de bronquiolite. Até a quarta semana de maio, a doença provocou a internação de 19 crianças em hospitais de Araraquara.

De acordo com a Maternidade Gota de Leite, cinco bebês foram internados neste período, sendo que três deles estão hospitalizados atualmente. No Hospital São Paulo, foram 13. Já no São Francisco, houve um registro.

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A dona de casa, Mariana Soares Chaves, de 22 anos, lembrou que, em abril, o filho precisou ser internado em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) três dias após apresentar os primeiros sintomas, que se pareciam com uma gripe comum.

“Começou com nariz escorrendo, parecia uma gripe normal, mas como eu tive uma experiência de bronquiolite com um sobrinho, fiquei um pouco mais atenta e já levei ao 24 horas no primeiro dia de sintomas“, contou.

Após seis dias internado, Lucas recebeu alta médica. Ele passou por exame, mas o vírus causador da doença não foi identificado.

“Quando a gente recebeu a notícia da internação foi difícil porque ele tinha apenas sete dias. Eu fiquei bem chateada, mas sabia que era necessário para a melhora dele. A alta a gente ficava aguardando todo dia porque é uma alegria voltar para casa”, lembrou a mãe.

O VÍRUS

O médico pneumologista Flávio Arbex explicou que a bronquiolite é uma inflamação dos bronquíolos provocada pelo VSR (Vírus Sincicial Respiratório) e é comum nesta época do ano, principalmente, na região sudeste do Brasil.

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Segundo ele, bebês e crianças menores podem apresentar falta de ar, dificuldade em respirar, chiado no peito, tosse, pele azulada, febre frequente e fadiga.

As crianças são mais vulneráveis, principalmente, as prematuras, com doenças pulmonares ou cardíacas prévias, porque têm realmente dificuldade em responder ao vírus, até pelo próprio tamanho do pulmão e porque os brônquios também não estão tão desenvolvidos

Flávio Arbex – pneumologista

Arbex explicou ainda que, assim como os demais vírus respiratórios, a bronquiolite também é transmitida por gotículas, presentes em espirros e tosses, ou em ambientes contaminados. A doença, porém, não tem tratamento específico.

“O tratamento é de suporte, muitas precisam de oxigênio e internações. O que a gente tem para oferecer na base de prevenção e não de tratamento são os anticorpos que oferecemos para crianças prematuras ou cardiopatas”, completou.

Francine e a esposa ao lado da filha Luiza (Foto: Arquivo Pessoal)

Em março, a enfermeira obstetra Francine de Araújo Dias Mantovani, 35, enfrentou a mesma preocupação com a filha Luiza, na época com apenas 10 dias.

Após apresentar sintomas como espirro, secreção e dificuldades para respirar, e diversas idas e vindas ao Pronto Atendimento de um hospital particular da cidade, a criança foi diagnosticada com bronquiolite e precisou ser hospitalizada.

“Iniciou com oxigênio no cateter logo no Pronto Atendimento até liberar a internação. E, assim que liberou, ela foi direto para a UTI“, contou.

Luiza ficou seis dias internada, com sonda e respirando com suporte, mas sem a necessidade intubação. “Eu reagi com uma ambivalência muito grande. Estava muito feliz que ela seria internada, teria o suporte que estava precisando, porque em casa estava sendo muito angustiante vê-la daquele jeito. Em contrapartida, fiquei com coração partido de vê-la naquela situação tão pequeninha“, relembrou.

Assim como aconteceu com o Lucas, o vírus causador da doença também não foi identificado no caso da Luiza. “A gente comemorava cada vitória, porque o que a gente queria era ir embora o mais rápido possível para casa, nada como o nosso lar”, comentou.

CUIDADOS

Flávio Arbex orientou ainda que pessoas com sintomas respiratórios devem usar máscara, evitar locais fechados e com aglomerações, além de fazer o teste para confirmação do diagnóstico.

Segundo o especialista, em alguns casos, é preciso isolar as crianças, evitando que frequente escola e a casa de idosos, que também são vulneráveis à doença.

“Nesta época circula vírus respiratórios, como o Influenza e o VSR. Então, evitar que esta contaminação chegue a outras pessoas“, concluiu.

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Milton Filho
Milton Filho
Milton Filho é repórter da editoria de cidades do portal acidade on. Formado pela Universidade de Araraquara tem passagens pela CBN Araraquara, TV Clube Band e Tribuna Impressa. Acumula há quase 10 anos experiência com internet, rádio e TV.
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