O atendimento pediátrico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central registrou um aumento no número de crianças atendidas na última segunda-feira (10).
De acordo com a secretária Eliana Honain, foram 177 atendimentos realizados, 96% maior que a média que era registrada antes dos casos de síndrome gripal que ficavam entre 80 e 90 crianças por dia.
Desde a semana passada, crianças de zero a doze anos com sintomas de gripe ou covid-19 recebem atendimento médico exclusivamente na UPA Central.
Do total de crianças atendidas na última segunda, 71 apresentavam síndrome gripal e 24 testaram positivo para a covid-19. Os demais foram atendidos por outras necessidades.
“Primeiro as crianças passavam pelo pediatra na UPA do Centro e iriam testar na Vila. Nós então mudamos essa estrutura e deixamos para testar as crianças na própria UPA do Centro, para ficar mais fácil para a população como um todo e devido ao aumento da demanda. Chegando lá, já tem uma diferenciação de quem é síndrome gripal e quem não é. Essa criança vai então passar pelo pediatra, vai testar e o resultado sai depois de 15 minutos”, explicou a secretária.
Segundo Honain, a maioria dos pacientes não tem tido complicações, incluindo as crianças, que têm apresentado apenas sintomas leves. “Nem as crianças e nem a população. O que temos observado é que as pessoas estão com muita febre, mas sob controle, e o principal relato dessas pessoas é o desconforto na garganta. É uma característica muito marcante dessa cepa atingir as vias aéreas superiores”, ressaltou.
Sobre o aumento de pacientes internados nos últimos dias, Eliana explica que há diferenças entre o perfil de internações no sistema público e privado.
O ano de 2021 terminou com 11 pessoas internadas e no último dia 10 de janeiro já eram 33 pacientes internados. Nesse período, a taxa de ocupação dos leitos exclusivos para covid foi de 30% para 60% na enfermaria, e de 5% para 26% na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“A gente tem observado, principalmente nos serviços privados, é que a pessoa vai internar por outra causa, ela acaba testando e dando positivo para a covid. Essa é uma característica dos serviços privados. No nosso serviço, são pessoas que queremos estar mais perto, acompanhando essas pessoas, mas 95% delas têm as duas doses da vacina e não tem – em sua maioria – casos complicados. Nós internamos para monitorar mais de perto ou em caso de processos mais infecciosos e que precisam de um medicamento, mas são casos que não exigem tanto. Com exceção dos idosos, que têm inúmeras comorbidades e que muitas vezes a situação se complica mais”, finalizou.