Novamente, o mundo vive uma escalada dos casos de covid-19, porém, graças à vacinação, alguns países, como o Brasil, ainda não tiveram um crescimento simultâneo do número de mortes relacionados a doença.
Segundo o pneumologista Flávio Arbex, é um momento para reforçar os cuidados de prevenção contra o coronavírus, mantendo medidas que devem, inclusive, permanecer em prática quando a pandemia acabar.
“Além da covid, a influenza também contribuiu para essa preocupação constante quanto aos sintomas respiratórios, ou seja, sempre que alguém apresentar sinais de gripe, é importante evitar trabalhar, se isolar e procurar um especialista para fazer um correto diagnóstico. Embora o Brasil seja um país que, culturalmente, a vacinação é efetiva, muitas pessoas não tomam a vacina da gripe anualmente. Isso deve mudar”, comenta.
Em relação aos hábitos rotineiros, assim como em países asiáticos, o ideal é continuar a fazer uso das máscaras a partir do momento em que surgirem quaisquer sintomas gripais. “Dessa forma, se cria uma proteção não apenas pessoal, mas coletiva, pois impede que qualquer vírus, como a covid-19 e o H3N2, se espalhe mais facilmente”, orientou Arbex.
O mais importante agora, segundo o pneumologista, é entender que a escalada de novos casos, em sua maioria decorrentes de infecção pela variante ômicron, requer um reforço de todos os cuidados de prevenção contra a doença. “A atual explosão de pessoas ficando doentes são consequência do relaxamento das medidas em um momento em que isso não poderia ter acontecido, como foi visto nas festas de fim de ano.”
“São os cuidados de agora que determinam como a sociedade irá lidar com a pandemia daqui um tempo. Seguir com o isolamento quando necessário, além do uso de máscaras, e frequente higienização das mãos talvez possibilitem uma vida mais tranquila quando o coronavírus não se fizer mais tão presente”, alertou.