Autoridades de Araraquara e do Governo de São Paulo discutem transformar os leitos de enfermaria disponíveis na unidade de retaguarda do Melhado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A informação, apurada pelo ACidade ON, foi confirmada pelo coordenador executivo de Avaliação e Controle da secretaria da Saúde, Edivaldo Trindade, nesta sexta-feira (28).
O Comitê de Contingência do Coronavírus estuda as causas do crescimento no número de positivados e mortes nos últimos 30 dias em decorrência da doença.
A ocupação de leitos na região é um dos pontos que tem demandado atenção das autoridades e uma das alternativas discutida com o Estado é a transformação da unidade de Saúde.
Caso a iniciativa seja tirada do papel, o local seria transformado em um centro de referência em UTI para toda a região, com leitos destinados ao tratamento intensivo da covid-19.
Atualmente, segundo apresentado na audiência pública de prestação de contas do 1º quadrimestre, na Câmara, o Melhado possui 45 leitos de enfermaria e cinco leitos de intubação.
O uso é estudado pelo Governo estadual, que teria solicitado as plantas do imóvel e avalia a viabilidade. Segundo Edivaldo Trindade, o custo operacional seria absorvido pelo Estado.
“Foi feito um estudo técnico que está sendo negociado com o Estado, por conta do financiamento, de que ali possa ser só de leitos UTI, pois tem essa dificuldade na região. O município cederia o espaço, a estrutura e faria um grande acordo com o Governo para manter os serviços”, explica.
“Existe essa possibilidade? Existe. O plano foi apresentado, se tiver essa parceria, é uma possibilidade que vai auxiliar bastante. Por isso falei desse pacto, prédio de Araraquara, mas uma estrutura para garantir que a região tenha o número de leitos necessários”, completa.
Além dos leitos disponíveis nos dois hospitais particulares – que adotaram leitos móveis e não há limite -, há 30 de suporte ventilatório no hospital de campanha, 10 de UTI na Santa Casa e 30 no Hospital Estadual de Américo Brasiliense (HEAB).