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SaúdeCoronavírusLiminar impede novos descontos de servidores em greve sanitária

Liminar impede novos descontos de servidores em greve sanitária

Justiça considera que descontos não podem ocorrer antes do julgamento das ações em curso; Prefeitura afirma que vai recorrer e age na legalidade

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Decisão menciona que Prefeitura de Araraquara descontou salário de 159 grevistas (Foto: Amanda Rocha)

  

 * ATUALIZAÇÃO 28/05 às 20h11 para incluir posicionamento da Prefeitura de Araraquara sobre a decisão liminar.

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Uma liminar da Justiça do Trabalho concedida, nesta sexta-feira (28), impede novos descontos de servidores da Prefeitura de Araraquara em greve sanitária desde o último dia 5 de abril. 

A decisão, assinada pela juíza do Trabalho Ana Lucia Cogo Casari Castanho Ferreira, impede novos descontos referentes a salário e outros benefícios dos trabalhadores. 

Também é estipulada uma multa de R$ 5 mil por cada trabalhador prejudicado. Apesar do desconto futuro, a decisão não obriga a devolução dos descontos já realizados.

A ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho afirma que a Prefeitura de Araraquara descontou salários e parcelas do auxílio e vale-alimentação de 159 grevistas. 

O MPT evidencia que o movimento grevista ocorre, supostamente, das condições sanitárias relacionadas à pandemia, o que é analisado em três ações coletivas que não foram julgadas. 

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Com base nisso, a magistrada deferiu parcialmente a medida liminar de tutela de urgência, uma vez “configurado justo receio do dano aventado na inicial, mormente considerando-se que o salário é o único meio de subsistência do trabalhador”. 

O presidente do Sindicato dos Servidores de Araraquara e Região (Sismar), Gustavo Jacobucci ressalta a seriedade do Ministério Público do Trabalho e celebra a vitória. 

“A primeira vitória. Dissemos que não ia ter o desconto no holerite do mês que vem, está aprovado, comprovado e só temos a agradecer todos que acreditam na mobilização. Essa luta realmente é pela vida, não existe outro pedido a não ser a vida dos servidores, familiares, das crianças, de todos”, diz em live nas redes sociais.  

Ao ACidade ON, a Prefeitura de Araraquara afirma que age dentro da legalidade. “Juridicamente, não se pode pagar salários se o contrato de trabalho está suspenso, por meio de uma greve. É o que aponta parecer jurídico emitido pela Subprocuradoria Geral Trabalhista”, afirma em nota. 

A administração municipal afirma que a Procuradoria Geral do Município vai recorrer da decisão liminar da Justiça do Trabalho, contrária ao desconto dos trabalhadores em greve sanitária da Educação.

“Mais uma vez, a Prefeitura reconhece a greve como um instrumento de luta dos trabalhadores, que não deve ser banalizado e muito menos ser utilizado em disputas políticas”, finaliza.

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Walter Strozzi
Walter Strozzihttp://www.acidadeon.com/araraquara
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.
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