Em Araraquara, o número de pessoas que estão com coronavírus ativo e, portanto, são vetores de transmissão, já é 25% maior que o registrado nos dois picos da doença no ano passado. Atualmente, a média é de mil casos ativos.
Os dois picos anteriores foram registrados na primeira quinzena de agosto e outubro. Lá atrás, a média era de 800 pessoas transmitindo a doença.
Wallace Casaca é coordenador do Info Tracker, plataforma da USP e Unesp, que monitora o comportamento da pandemia no estado de São Paulo. Ele explica que está segunda onda é mais agressiva que a primeira.
“Quando compara números de pessoas ativas, em Araraquara, nos dois primeiros picos, tivemos na faixa de 800 e agora, estamos com uma média de mil pessoas”.
INTERNAÇÕES
Outro número que preocupa é o de internações. Em Araraquara, o crescimento foi de 39%, entre os dias 1 e 25 de janeiro. A tendência, segundo o pesquisador, é de semanas mais “duras” pela frente.
“Com o aumento de novos casos, aumento de internações e de óbitos. Para fevereiro, a situação ainda será muito delicada para Araraquara e para todo Estado”, reforça ele.
Wallace Casaca esclarece que os novos casos devem sofrer um declínio, com as novas medidas anunciadas pelo Governo do Estado, mas que só será observado a partir dos próximos 15 dias.
Mas, segundo o pesquisador, o número não é de agora. Desde novembro, o gráfico já projeta aumento de casos e de internações.
“As curvas passaram a aumentar em meados de novembro, não é algo de agora, e estamos observando as cursas ascenderem muito”, afirma.