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SaúdeCoronavírusPós-Covid representa 20% dos atendimentos em consultórios

Pós-Covid representa 20% dos atendimentos em consultórios

Pacientes que tiveram complicações ou que simplesmente buscam por exames preventivos têm procurado por especialistas após se recuperarem da doença

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Aumentou a procura por consultas médicas preventivas ou especializadas (Foto: Divulgação/Freepik)

 

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Os casos pós-covid têm, representado, em média, 20% dos atendimentos em consultórios de Araraquara. São pacientes que têm procurado por especialistas após se recuperarem da doença. Muitos tiveram complicações, mas outros procuram apenas exames preventivos. 

O analista de planejamento, Alan Ricardo Dallamarta, de 33 anos, teve covid-19, em janeiro. Ele passou por duas internações, mas se recuperou da doença. Hoje, nove meses depois, ainda faz acompanhamento médico. 

“Depois que tive alta em 19 de fevereiro eu voltei a internar no dia 10 de março, que tive um derrame pleural, na intubação entrou uma bactéria junto e tenho ainda um exame para fazer em dezembro, prova de teste pulmonar, além de acompanhar outros pontos do corpo para não ter recaídas ou algo do tipo. Estamos em novembro e todo esse tempo que passou confirma que estou 100%, conseguindo andar, sem falta de ar e sem dor”, relatou. 

Essa preocupação tem levado muita gente aos consultórios médicos, em busca de acompanhamento ou simplesmente para exames preventivos. 

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No consultório da médica Renata Arbex, a procura desse paciente chegou a representar 90% dos atendimentos. Hoje, supera os 20%. 

“Ele é um órgão por onde o vírus entra. A partir dali que o vírus acaba invadindo e fazendo todo esse processo inflamatório que gera no corpo. Eles têm muita fadiga que não é só pela parte pulmonar, mas isso pode interferir, casos de bronquite também pós-covid e normalmente pacientes que tinham asma na infância e não acompanhavam mais, isso acaba fazendo no pós-covid”, explicou. 

A pneumologista conta que como a Covid-19 ataca, primeiramente, os pulmões, a preocupação de quem teve a doença é grande, mesmo após recuperado.

“Mesmo nos casos leves devem manter o acompanhamento, sugere-se que seja feito por segurança, não é porque foi leve e não teve que ser hospitalizado que não possa ter alguma consequência e quem já teve covid nos casos graves e estão se sentindo melhor também se faz necessário”, defendeu. 

Muitos pacientes também ficam dependentes de fisioterapia para fortalecer os pulmões. 

César Luz é fisioterapeuta. Ele explica que casos pós-Covid representam 20% dos atendimentos que faz atualmente. Na maioria, são pacientes que ficaram internados entre julho e agosto. 

“Procuram principalmente relatando falta de ar, da canseira, dificuldade de andar, fraqueza muscular, de levantar, por exemplo, uma panela, ou para caminhar e a fisioterapia tem que entrar nesse ponto e reabilitar fisicamente, seja reforço muscular, capacidade respiratória, exercício com inspiração profunda, tentar expandir esse pulmão o máximo possível. A maioria dos meus pacientes, que pude perceber, volta a vida normal”, apontou. 

O vigilante, Marcos Roberto Passoni, de 48 anos, é um dos pacientes do fisioterapeuta. Após um mês internado, inclusive, intubado em UTI, ele conta que as sessões foram fundamentais para melhorar a função respiratória. O comprometido dos pulmões chegou a 60%.  

“Não conseguia andar, pois sentia muita falta de ar, a fisioterapia foi dois meses, estava fazendo esteira, bicicleta e exercícios de alter. Foi o que me ajudou a respirar melhor. Agora estou bem, ando o dia todo, fico em pé, não tenho mais problemas”, afirmou. 

Os rins são o segundo órgão mais afetado pela Covid-19. Em casos mais graves, o paciente chega a precisar de hemodiálise. Geralmente, as complicações são silenciosas. 

O médico nefrologista Henrique Carrascossi diz que os pacientes pós-Covid representam de 20 a 30% dos atendimentos realizados no consultório atualmente.

“Muitos pacientes estão vindo para fazer um check-up, as vezes não é nem um paciente que teve caso mais grave, mas mesmo nos mais leves a moderados, estamos orientando os pacientes a procurarem, pois, as doenças renais são mais silenciosas. Geralmente em alguns casos estamos encontrando alterações em pacientes que não tiveram casos graves”, disse. 

O médico explica que exames simples podem avaliar a função renal. Mas quando não são feitos, é preciso ficar atento a alguns sintomas.

“O corpo começa a reter líquido, inchaço, ter muita coceira no corpo, náuseas, enjoos, as vezes vómitos, alteração da pressão arterial e começa a ficar difícil de controlar, geralmente sobe bastante. Também um quesito importante é a urina espumosa pode ser também um sinal de lesão nos rins”, finalizou.

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Walter Strozzi
Walter Strozzihttp://www.acidadeon.com/araraquara
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.
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