As ações de combate à covid-19 realizadas em Araraquara, Américo Brasiliense e Trabiju serão objeto de um estudo que tem como objetivo analisar cidades de portes diferentes, mas que tiveram bons resultados no enfrentamento à pandemia.
Os 645 municípios do estado participaram da primeira fase da pesquisa que já foi concluída. Agora, a segunda fase do estudo busca ouvir gestores, funcionários e agentes de saúde para conhecer e entender as técnicas utilizadas durante a pandemia, que fizeram com que essas cidades se destacassem positivamente no levantamento.
O responsável pela pesquisa, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, explicou que as cidades foram divididas em 17 regiões de saúde e quatro eixos foram analisados.
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“O eixo da gestão, da assistência, da vigilância em saúde e do que foi feito em relação à população mais vulnerável. A partir da análise desta primeira fase, foram escolhidas duas regiões que se destacaram positivamente: uma na grande São Paulo e a de Araraquara”, disse.
“Exatamente para entender como estas respostas foram produzidas, inclusive, por municípios de diferentes portes, que tem mais ou menos rede de saúde, mais capacidade técnica, presença de universidades, parcerias com setor privado, mais ou menos problema social”, complementou.
Desde o início da pandemia, Trabiju teve apenas quatro mortes em decorrência da doença. Atualmente, a cidade, que tem pouco mais de 1,7 mil habitantes, tem 100% de cobertura vacinal com esquema vacinal completo.
Para o secretário municipal de Saúde, William Ademir Letice, os números são bastante significativos para contribuir com o estudo. “Dentro de um cenário que a gente não sabia como seria, a gente conseguiu inovar. Dentre os destaques que foram para pesquisa estão o monitoramento dos casos e a capilaridade do nível de informação”, apontou Letice.
Arthur Chioro explicou que o objetivo dos pesquisadores é compartilhar com outras prefeituras as experiências que deram certo para que elas possam ser replicadas.
“Nós temos a convicção de que a covid-19 ainda não acabou e que nós teremos outras emergências sanitárias. Então, nós temos que melhorar nossa capacidade de resposta”, finalizou o especialista.
O estudo, que vai até fevereiro do ano vem, é desenvolvido pela Unifesp, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e duas universidades portuguesas. Além do apoio do ministério da Saúde, secretaria estadual de Saúde e o conselho de secretários municipais de saúde.
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