O uso de máscaras Pff2 ou N95 durante a pandemia tem sido amplamente divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e diversas outras entidades da área em todo o mundo. Com a retomada gradual das aulas presenciais e o aumento da possibilidade de exposição dos mais jovens aos vírus, levanta-se o questionamento sobre a possibilidade do uso desses modelos por crianças e adolescentes.
Segundo a pediatra Dra. Andreza Juliani Gilio, a atual situação pandêmica de Araraquara e do Brasil como um todo requer que o uso de máscaras seja feito a partir dos dois anos de vida, já que a salivação intensa, as vias áreas pequenas e a imaturidade motora dos bebês podem elevar o risco de sufocação.
“Embora modelos como a da Pff2 ofereçam mais proteção, o seu uso em crianças pequenas é praticamente impossível devido ao seu consequente grau de desconforto. Já as crianças maiores, pré-adolescentes e adolescentes devem usar os equipamentos desde que o modelo adulto não fique folgado no rosto, pois a produção em tamanho infantil ainda é limitada no país”, explica.
No caso das máscaras de pano, a pediatra alerta que o mais importante é que se busque modelos com pelo menos três camadas de proteção ou que se use duas máscaras ao mesmo tempo. “Podem ser utilizadas uma descartável e uma de pano por cima, para que essa proteção seja completa”, diz.
Crianças que não se adaptem ao uso de máscaras devem evitar ao máximo sair de casa e seguir com o modelo de educação à distância para evitar a exposição ao vírus.
Casos excepcionais, como de crianças que estão no espectro autista e precisam do ambiente escolar para o desenvolvimento cognitivo e social, podem buscar uma solução junto à instituição de ensino para que seja dispensado o uso da máscara. “Sempre lembrando de equiparar os riscos e benefícios de se estar em um ambiente sem máscara”, diz Andreza.