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Nos últimos meses a procura por máscaras PFF2 (peça facial filtrante) aumentou em Araraquara e algumas lojas estão sem estoque.
No início da pandemia, esse equipamento de proteção individual (EPI) era mais restritos aos profissionais de saúde, devido a pouca quantidade no mercado. Hoje é uma das mais populares devido ao preço e proteção comprovada cientificamente.
“A gente sabe que as máscaras PFF2 ou N95 são as mais seguras e recomendadas para usar, inclusive em ambiente hospitar são as máscaras que usamos”, diz o médico pneumologista Flávio Arbex.
Consenso entre cientistas e especialistas da área da saúde, a PFF2 é tida como a máscara mais segura contra a covid-19.
Por ter uma filtragem mais potente que as máscaras cirúrgicas e as de pano, elas vedam melhor o rosto, filtrando gotículas e aerossóis, protegendo quem usa e os demais, chegando até a 94% de proteção, segundo orgãos de saúde.
ACESSÍVEIS
Uma pesquisa realizada pela reportagem do ACidadeON em lojas de EPIs da cidade constatou a falta do material em algumas e o aumento do preço.
Uma máscara sai em média entre R$ 2 e R$ 5. Segundo especialistas, elas podem ser reutilizáveis após “descanso” entre três a sete dias longe do sol.
Após desgaste, como deformação do modelo ou rasgos, elas devem ser descartadas.
O vendedor Matheus Nardin, 22 anos, conta que as máscaras chegam à loja e já acabam. Até mil unidades são vendidas por dia.
“Temos grande procura da PFF2 devido ao covid19, tem dias que tem pico maior de vendas, e sai entre 500 a 1 mil máscaras. Muitas empresas pegam pra seus funcionários também”, diz.
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Daniela Rumaqueli é proprietária de uma loja de EPI, e percebe que nos últimos dois meses os valores subiram, assim como a procura. Na loja dela, não pode faltar o modelo PFF2.
“Sempre estamos fazendo pedidos, mas noto que os fornecedores aumentaram os preços nos últimos dois meses. Já teve cliente que chegou aqui falando que pagou R$19 reais em uma máscara”, conta.
Outro modelo visto é a PFF2 com válvula mas ela não é ideal na proteção contra a covid-19. O pneumologista Flávio Arbex explica o motivo para o modelo não ser usado.
“Não se deve usar essas máscaras com válvula expiratória pois assim você contamina o ambiente porque o ar que você solta sai da máscara para o ambiente”, aponta.
ADEQUAÇÃO E PROTEÇÃO
Algumas pessoas reclamam que se sentem mais sufocadas com a máscara, porém é questão de ajustes e se adequar a melhor proteção do momento caso precise sair de casa.
O pneumologista Arbex enfatiza que devemos nos atentar em como usar a máscara corretamente, pois muitos ainda cometem erros.
“As pessoas que estão usando essa máscara não precisam usar outra máscara por cima e nem principalmente por baixo. Isso é um erro muito comum porque você atrapalha a vedação dela. Só deve usar ela sozinha, já basta”, explica.
Higienizar as mãos antes e após o uso, cobrir o nariz e a boca e ajustar o elástico na cabeça e clipe nasal são fundamentais.
“Inspira e expira com força pra ver se tá vazando o ar ou não”, lembra.
Caso o ar esteja vazando, é sinal que a máscara está “frouxa” e precisa ser reajustada. Lembrando que não se deve nunca tocar na parte do nariz ou boca e retirar sempre a máscara pelo elástico.
“E depois que usar colocar essa máscara para arejar em um ambiente seco”, pontua.
Ficar atento ao selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) nas embalagens e ver se o elástico prende na cabeça e não na orelha é outra dica importante na hora de se proteger.