Alívio e indignação. Essa foi a sensação da professora de teatro Larissa Mariano, de 28 anos, ao ser vacinada contra a covid-19 em Araraquara, na última quarta-feira (16).
Ela recebeu a primeira dose da vacina nesta semana e se diz triste com a demora da vacinação no País, e que muitas vidas poderiam ter sido salvas.
“Foi uma sensação de alívio com uma mistura de indignação, alívio por estar finalmente sendo imunizada e indignada por tanto tempo de espera e por saber que tantas pessoas ainda não tomaram e tantas vidas foram perdidas por negação do nosso governo”, comenta.
MANIFESTO
O carro da professora de teatro estava decorado com a bandeira LGBT, um arco-íris, e com uma placa se manifestando contra o presidente Jair Bolsonaro.
Para a professora, negar a vacina em uma pandemia é negar a vida e colocar em risco a vida de outras pessoas.
“Negar a vacina é negar a ciência, é negar a vida, é colocar-se em risco e o pior , colocar o outro em risco. A vacina é proteção que precisamos, é nossa única saída para a redução dos casos graves e internações. Estamos falando de uma pandemia, um caso grave de saúde pública, não vacinar deixa de ser problema seu e passa a ser de todos”, aponta.
Larissa está inconformada com o momento de descuido e descaso do Governo Federal. “O mesmo que deveria cuidar, proteger e fazer de tudo pela população nesse momento de agonia, de tantas perdas e tanto sofrimento apenas fechou os olhos e o caos só aumenta”, desabafa.