Muitas pessoas, já vacinadas contra a covid-19 procuram testes para comprovar a imunidade e o resultado nem sempre indica a imunização. Mas porque isso acontece? O que isso significa?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que os testes para diagnóstico de covid-19 disponíveis no mercado não devem ser utilizados para atestar o nível de proteção contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) após a vacinação. Isso porque estes testes não têm essa finalidade.
Segundo a Anvisa, é importante ressaltar que os testes registrados no Brasil possibilitam apenas a identificação de pessoas que tenham se infectado pelo Sars-CoV-2. “Os testes disponíveis não foram avaliados para verificar o nível de proteção contra o novo coronavírus”. A Agência ressalta também que, mesmo quando usados para a finalidade correta, os resultados fornecidos pelos testes só devem ser interpretados por profissionais de saúde.
“Os testes de covid não devem ser usados para isso. Além da produção de anticorpos, as vacinas desenvolvem a imunidade celular, que não é detectada pelo teste, então não tem necessidade de fazer teste após a vacina”, explica o médico de Araraquara Flavio Arbex.
A Anvisa reforça, ainda, que não há embasamento científico que correlacione a presença de anticorpos contra o Sars-Cov-2 no organismo e a proteção à reinfecção. Sendo assim,nenhum resultado de teste de anticorpo (neutralizante, IgM, IgG, entre outros) deve ser interpretado como garantia de imunidade e nem mesmo indicar algum nível de proteção ao novo coronavírus.
EFICÁCIA
Flavio Arbex reforça que as vacinas foram testadas e aprovadas pela Anvisa, o que garante a eficácia delas. “E na prática já estamos vendo a redução de internações de pacientes idosos, que tomaram as duas doses da vacina, o que mostra a eficácia”.
“Não há dúvidas em relação a eficácia e por isso, quem toma a vacina, não precisa fazer teste para comprovar isso“, diz
“A expectativa é que a vacinação avance e atinja as pessoas mais jovens e que de fato tenhamos uma queda de internações e de mortalidade desta doença”, reforça.