A aplicação das vacinas contra a covid-19 no Brasil tem gerado muitas dúvidas, principalmente em relação as reações. Afinal, quais são os possíveis efeitos colaterais dos imunizantes disponíveis no Brasil?
O ACidade ON destaca as possíveis reações que vão de sintomas leves até os considerados acentuados. (confira abaixo)
Segundo a (OMS) a Organização Mundial da Saúde, as reações mais comuns após a vacinação incluem dor ou sensibilidade e inchaço no local da injeção, além de febre baixa e dor no corpo. Mas algumas pessoas também podem apresentar quadros de fadiga e calafrios. Os sintomas podem aparecer em até 48 horas, e os sintomas tendem a melhorar em poucos dias. Caso isso não aconteça o ideal é procurar ajuda médica.
A (SBIm) Sociedade Brasileira de Imunizações aponta que os eventuais riscos de eventos adversos graves após a administração da vacina são muito menores do que os da infecção pela covid-19. Por isso, é importante o monitoramento dos sinais e da procura por atendimento médico caso os sintomas persistam por mais de 48h ou se intensifiquem, independentemente da duração.
SOBRE AS VACINAS DISPONÍVEIS
Para a covid-19, apesar das vacinas serem produzidas com tecnologias diferentes, os eventos adversos são muito parecidos entre os imunizantes Pfizer, Coronavac, AstraZeneca e Janssen. Confira abaixo as principais reações contidas na bula dos imunizantes que estão sendo aplicados em Campinas:
CORONAVAC
– Efeitos muito comuns – dor no local da aplicação.
– Reações comuns – cansaço, febre, dor de cabeça e no corpo, diarreia e náusea.
– Sintomas incomuns – vômito, dor abdominal, distensão abdominal, tontura, tosse, perda de apetite, reação alérgica, pressão arterial elevada, hipersensibilidade alérgica ou imediata. No local da aplicação, os efeitos raros podem incluir coloração anormal, inchaço, coceira, vermelhidão, diminuição da sensibilidade, endurecimento.
– Sobre a eficácia – Os resultados do estudo mostraram que nos casos graves e moderados a eficácia é de 100%. Para os casos leves, 78% e, nos muito leves, 50,38%. Isso significa que temos 50,38% menos chances de contrair a doença. Se contrairmos, há 78% de chance de não precisarmos de qualquer atendimento médico e 100% de certeza de que a enfermidade não vai se agravar.
ASTRAZENECA
– Efeitos muito comuns – sensibilidade, dor, cansaço, sensação de calor, vermelhidão, coceira, inchaço ou hematoma (mancha roxa no local. sensação de indisposição, fadiga, calafrios e sensação de febre, além de enjoos, náusea, dores de cabeça, nas articulações e musculares.
– Efeitos comuns – enjoos e vômito, formação de caroço no local da aplicação, sintomas semelhantes ao de resfriado como febre alta, dor de garganta, coriza e tosse.
– Reações incomuns – sensação de tontura, diminuição do apetite, dor abdominal, aumento dos linfonodos, suor excessivo, coceiras ou erupções na pele.
– Sobre a eficácia – A vacina britânica Oxford-Astrazeneca utiliza uma tecnologia biomolecular baseada no chamado “vetor viral”, que consiste na utilização de um vírus modificado para estimular o sistema imunológico na produção de anticorpos contra o novo coronavírus. A eficácia geral apresentada pela AstraZeneca para a vacina nos testes foi de cerca de 70% (entre 62% e 90%), após a aplicação das duas doses.
PFIZER
Efeitos mais comuns – dor e inchaço no local da injeção, cansaço, diarreia, dores de cabeça, musculares e nas articulações, calafrios e febre. Algumas pessoas ficam com vermelhidão no local onde o imunizante foi aplicado.
Reações incomuns – aumento de gânglios linfáticos (ou ínguas), reações de hipersensibilidade, como lesão na pele, coceira, urticária e angiodema (inchaço das partes mais profundas da pele). Além disso, é rara a sensação de mal-estar, insônia e coceira no local da aplicação.
– Sobre a eficácia – a vacina é baseada em mRNA, que usa RNA mensageiro sintético, que auxilia o organismo do indivíduo a gerar anticorpos contra o vírus. Pode ser desenvolvida e fabricada mais rapidamente do que as vacinas tradicionais. A eficácia foi de 95%, com esquema de duas doses, num intervalo de 21 dias entre as doses.
JANSSEN
Efeitos muito comuns – dor no local da aplicação, dores de cabeça e musculares, náusea e sensação de muito cansaço.
Sintomas comuns – vermelhidão e inchaço no local da injeção, arrepios, dor nas articulações, tosse e febre.
Reações incomuns – irritação na pele, fraqueza muscular, dor no braço ou na perna, sensação de fraqueza e de indisposição,
espirros, dor de garganta e nas costas, tremores e suor excessivo.
Efeito raro – Reação alérgica e urticária (podem afetar até 1 em 1.000 pessoas).
– Sobre a eficácia – A vacina da Janssen contra a COVID-19 deve ser administrada como uma injeção no músculo. O esquema de vacinação da vacina é em dose única. De acordo com os estudos clínicos publicados pela Janssen sobre a vacina Ad26.COV2.S, verificou-se a eficácia global de 66,9% na prevenção contra a COVID-19, após 14 dias da aplicação do imunizante. No estudo, também verificou-se que nenhum dos pacientes imunizados necessitaram de hospitalização, apresentando eficácia ainda maior na prevenção de casos graves.
POR QUE A EFICÁCIA MUDA DE UMA VACINA PARA OUTRA?
A eficácia de cada estudo muda dependendo do ensaio clínico conduzido. Os critérios podem ser diferentes de país para país e fatores como quantidade de voluntários testados, nível de exposição ou contato com o vírus inclusive a maneira como os sintomas foram percebidos ou acompanhados durante os testes contribuem para diferentes resultados.