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coronavirusCampinas e RMC não adotarão lockdown; região fará toque de recolher com policiamento

Campinas e RMC não adotarão lockdown; região fará toque de recolher com policiamento

Prefeitos da RMC descartaram medida mais restritiva de quarentena, mas adotarão toque de recolher noturno, assim como Campinas

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Reunião ocorreu na manhã desta sexta-feira (19) (Foto: Divulgação/PMC) 

Após uma reunião de quase quatro horas, os prefeitos da RMC (Região Metropolitana de Campinas) não entraram em consenso e, por isso, a região não terá lockdown para impedir a disseminação desenfreada da covid-19. Entre os pontos colocados estão a dificuldade de implementar a medida mais dura de quarentena, além da possibilidade de protestos. A proposta de antecipar feriados também foi rejeitada.
 
No entanto, a RMC adotará o toque de recolher com a fiscalização mais intensa da polícia. Essa restrição teve início ontem em Campinas, no período das 20h às 5h, e se estenderá por todas as 20 cidades da região. A medida regional passa a valer ainda nesta sexta-feira (19). Na quinta-feira, Campinas fez uma megaoperação policial para iniciar a abordagem noturna e evitar a circulação de pessoas (leia mais aqui).

A reunião da RMC também contou com a presença do secretário estadual Marco Vinholi, que anunciou a antecipação da abertura do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Campinas para casos de covid-19 (leia mais abaixo). 

LOCKDOWN

A proposta de lockdown surgiu de Campinas na terça-feira (16), que tem enfrentando lotação completa nos hospitais públicos – e um privado também já suspendeu o atendimento. Além disso, a cidade registrou ontem recorde de óbitos anunciados em 24 horas durante toda a pandemia de coronavírus. Foram 30 mortes, sendo que a vítima mais nova tinha 31 anos (leia mais aqui).

Sobre o cenário, Dário ressaltou ontem que a situação é dramática na cidade. “Sabemos da dificuldade da economia. Mas quem tem 163 pacientes precisando de uma vaga numa UTI ou enfermaria, tem que pensar na vida. Eu penso muito nos empresários, na economia, no setor produtivo, que está sofrendo muito. Mas a gente tem valer o que é. A gente é médico, e médico preserva a vida”, disse.

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No entanto, para a maioria dos prefeitos da RMC, o lockdown é inviável por diversos fatores. O primeiro deles é a suspensão do transporte público, que pode afetar profissionais de saúde, inclusive aqueles que atuam na linha de frente da covid-19. Idosos que também precisam do ônibus coletivas poderiam ser prejudicados na hora de se vacinarem.

Além disso, existe o receio do lockdown provocar protestos entre os setores econômicos, incluindo, por exemplo, os motoboys e motoristas de aplicativos. A fiscalização pública também teria que ser reforçada de forma intensa no lockdown, sendo que as forças policiais já estão atuando hoje neste sentido.  

“Acredito que o fato de toda a região metropolitana adotar o toque de recolher, com operações das forças de segurança, vai diminuir a transmissão do vírus, que tem ocorrido em festas noturnas. Nós discutimos bastante a questão do lockdown. Mas temos uma dificuldade imensa de manter o sistema de saúde com a suspensão do transporte coletivo. Em relação às antecipação dos feriados, existe a preocupação de aumentar festas. De fazer churrascos e aumentar as aglomerações”, disse o prefeito de Campinas.

O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Foto: Divulgação/PMC)

AME CAMPINAS

A reunião da RMC também contou com a presença do secretário estadual Marco Vinholi, que anunciou a antecipação da abertura do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Campinas para casos de covid-19. A data inicial, de 30 de março, foi adiantada para o dia 26 de março. Uma nova reunião do Conselho foi marcada para a próxima quarta, às 9h, de forma virtual.

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