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coronavirusCom queda na ocupação de UTI, SP libera eventos a partir do dia 17

Com queda na ocupação de UTI, SP libera eventos a partir do dia 17

Por outro lado, bailes em casas noturnas, shows de médio e grande porte e competições esportivas com público, por exemplo, continuam proibidos

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Patrícia Ellen; “no dia 17 de agosto a gente muda completamente a lógica de gestão da pandemia” (Foto: Divulgação)

 SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a queda nas internações e a melhora nos indicadores da covid-19 em São Paulo, o governo do estado anunciou a volta dos eventos sem limite de público ou ocupação a partir do dia 17 de agosto.

Na semana passada, o estado registrou a menor média móvel de novas internações pela doença desde novembro de 2020, com cerca de 1.200 admissões em UTI na segunda-feira (26). A média mais baixa ocorreu em 7 de novembro de 2020, quando a média móvel de novas internações foi de 840.

Com isso, feiras corporativas, convenções e congressos vão voltar e sem limite de público no próximo dias 17. Eventos sociais como casamentos, jantares, festas de debutante e formaturas também podem ser realizados nesses moldes.

Mas os organizadores devem ficar atentos: se durante qualquer atividade ou se ao preencher a capacidade máxima do espaço aglomerações ocorrerem, o evento pode ser multado.

Além disso, o uso de máscaras e de álcool em gel e o distanciamento de um metro ainda são obrigatórios. É o que afirma Eduardo Aranibar, subsecretário de Competitividade da Indústria, Comércio e Serviços da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado de São Paulo.

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“A gente permite o 100%, mas, se não for possível não gerar aglomeração, automaticamente ele não vai poder usar 100%”, diz ele.

A data de 17 de agosto coincide com as demais flexibilizações anunciadas pelo governador João Doria na última semana, quando serão retirados os limites de ocupação e horário dos estabelecimentos comerciais e de serviços.

Qualquer evento que gere aglomeração, como bailes em casas noturnas, shows de médio e grande porte e competições esportivas com público, por exemplo, continuam proibidos.

A fiscalização dos eventos será feita em várias frentes, pela vigilância sanitária estadual e por meio de parcerias com o Procon, a Polícia Civil e a Polícia Militar. A maior parte do trabalho, no entanto, fica nas mãos da vigilância sanitária municipal das cidades paulistas, diz Aranibar.

“A verdadeira força, onde temos o maior número de pessoas para fiscalizar, é na vigilância sanitária municipal, que são as prefeituras que lideram”, diz o subsecretário.

O governo conta também com a responsabilidade individual dos organizadores dos eventos, que podem levar multas caso transgridam alguma das regras impostas.

“A gente conta muito com a estrutura do próprio setor, de responsabilização das pessoas caso algo dê errado, para garantir que as pessoas estejam seguindo as regras corretas. Caso algo dê errado, a pessoa sabe que pode ser responsabilizada”, afirma.

Até o próximo dia 16, quando o governo estadual pretende ter vacinado todos os adultos com ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19, os estabelecimentos comerciais estão autorizados a funcionar até 0h com 80% da capacidade.

A autorização da retomada dos eventos em São Paulo veio após um evento-teste chamado Expo Retomada, que reuniu cerca de 1.400 pessoas nos dias 21 e 22 de julho em Santos, no litoral paulista. O objetivo era verificar a viabilidade da realização de feiras corporativas implementando protocolos sanitários.

Foi feita a testagem rápida e aferição de temperatura dos participantes na entrada no evento e o uso de máscara foi obrigatório, assim como o distanciamento social. Após o evento, os participantes foram monitorados por duas semanas.

Em transmissão online realizada com representantes do setor de eventos para discutir os resultados da Expo Retomada, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, comentou sobre a flexibilização no estado.

“No dia 17 de agosto a gente muda completamente a lógica de gestão da pandemia, mantendo os protocolos de máscara e distanciamento, mas podendo permitir a retomada de todas as atividades e retirando a restrição de horário”, disse Ellen durante o evento online.

Carlos Correa, superintendente da Apas (Associação Paulista de Supermercado), afirma que, embora a pandemia não tenha paralisado o setor de supermercados, o segmento foi afetado pela paralisação no setor de eventos, pois feiras como a Apas Show, organizado pela associação, permitem que fornecedores apresentam a lojistas novos produtos, além de tratar sobre melhorias no setor.

A Apas Show é a maior feira de alimentos e bebidas do Brasil, com cerca de 800 expositores e circulação de 25 mil pessoas por dia.

“É uma perda do próprio setor da indústria e por consequência do próprio supermercado, que estaria vendendo mais”, diz Correa.

Neste ano, a feira será realizada em outubro e seguirá protocolos mais rígidos. De acordo com as novas diretrizes, em qualquer outro evento com consumo de alimentos e bebidas os convidados só poderão comer e beber se estiverem sentados em mesas. Para circular, será obrigatório o uso de máscara.

“Se conseguirmos fazer o retorno de maneira segura, com o avanço da vacinação, nós entendemos que é muito bem-vindo, porque esse setor [de eventos] foi muito castigado. Há muitos fornecedores médios e pequenos que anseiam por retornar ao trabalho”, afirma Correia.

No caso das casas de shows, os espaços só poderão funcionar caso abram como restaurantes ou de outras formas autorizadas pelo Plano São Paulo. O subsecretário afirma que esses espaços podem até promover shows, desde que consigam controlar o público.

“Se o público estiver sentado, houver distanciamento e não gerar aglomeração no espaço, estaria permitido. Você pode ter música ao vivo, um show, se tiver todos os protocolos implementados. O que não pode acontecer de alguma forma é gerar aglomeração.”

Já no caso das festas realizadas em buffet, há diretrizes específicas. Os organizadores precisam garantir, por exemplo, que não existam pistas de dança nos locais, pois o governo entende que isso gera aglomeração. É necessário também manter o distanciamento de um metro entre as mesas.

A testagem dos participantes só será exigida nos eventos-modelo, em que instituições privadas, em parceria com o governo estadual, vão fazer análises científicas para entender o funcionamento dos protocolos de segurança. Nesses casos, todos os participantes serão testados antes do evento e uma porcentagem após a realização, segundo o subsecretário.

COMO SERÁ A VOLTA DOS EVENTOS EM SP

Até 16 de agosto

– Comércios e serviços: podem atender até 0h com ocupação máxima de 80%

– Parques urbanos: abertos em horário integral

– Shoppings, galerias, lojas, bares e restaurantes: o acesso de clientes é permitido até 23h e a permanência, até 0h

– É obrigatório o uso de máscara e o distanciamento de um metro

– Não são permitidos eventos que gerem aglomerações, como shows de médio e grande porte, eventos esportivos com torcida e casas noturnas

A partir de 17 de agosto

– Comércios e serviços: sem restrição de horário

– Eventos corporativos como feiras, convenções e congressos: deve haver filas e espaços com demarcações, distanciamento social e controle de acesso

– Eventos sociais como casamentos, formaturas e jantares: são proibidas pistas de dança e deve haver distanciamento de um metro entre as mesas

– Continua obrigatório o uso de máscara e o distanciamento de um metro

– Eventos que gerem aglomerações seguem proibidos

– Em todos os casos não há limite de público, mas os eventos não podem gerar aglomeração

– O consumo de alimentos e bebidas só pode ser feito com os convidados sentados à mesa

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