A média móvel de mortes de covid-19 em Campinas subiu de 4,14 na semana de 22 de janeiro para 9,42 no último dia 5 de fevereiro, o que representa um aumento de 127,5%.
A taxa, que é verificada sempre em um período de sete dias, indica uma tendência de avanço de óbitos causados pela doença na região, no estado e também em todo o País.
Para o infectologista Tufi Chalita, a explicação passa fundamentalmente por duas explicações. A principal envolve a imunização insuficiente e inadequada da população.
“Um dos motivos é a falta da vacinação, ou do reforço no quarto mês após a segunda dose, ou então da dose única. O outro motivo é a liberação das pessoas, que voltaram a se reunir sem os cuidados necessários, como distanciamento e higienização”, defende.
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OCUPAÇÃO DE LEITOS
O momento de alta nas mortes é acompanhado pelo avanço da contaminação e da incidência de casos mais graves da doença entre a população de Campinas.
Conforme boletim divulgado nesta segunda (7) pela pasta de Saúde de Campinas, a taxa de ocupação das UTIs (unidades de terapia intensiva) exclusivas segue elevada.
Atualmente, o município possui 169 leitos de UTI exclusivos para pacientes com SRAGs (síndromes repiratórias agurdas graves) nas redes pública e particular de saúde.
Do total de vagas na cidade, 149 estão ocupadas, o que corresponde a 88,17%. Há 20 leitos livres nas redes municipal e privada (veja detalhamento abaixo).
Há atualmente 114 pacientes adultos com covid-19 internados em UTI e 201 em enfermaria.
Os leitos estão disponibilizados da seguinte maneira:
– SUS Municipal: 50 leitos, dos quais 44 estão ocupados, o que equivale a 88%. Há seis leitos livres.
– SUS Estadual: 30 leitos, dos quais 30 estão ocupados, o que equivale a 100%. Não há leitos livres.
– Particular: 89 leitos, dos quais 75 estão ocupados, o que equivale a 84,27%. Há 14 leitos livres.